Padilha nega que escândalo vá atrapalhar sua campanha

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Por CHICO SIQUEIRA
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O pré-candidato ao governo do Estado de São Paulo pelo PT, Alexandre Padilha, afirmou nesta sexta-feira,11, em Araçatuba (SP), que o escândalo envolvendo o doleiro Alberto Youssef, o deputado licenciado André Vargas (PT-PR) e o laboratório Labogen não vai atrapalhar sua campanha. Ministro da Saúde entre 1º de janeiro de 2011 e 2 de fevereiro de 2014, Padilha negou a existência de irregularidades no ministério com a participação do laboratório Labogen, que seria de Youssef e que tentava vender medicamentos para o Ministério da Saúde."Não vai prejudicar minha campanha, porque sempre tive postura de total regularidade e cuidado que o Ministério de Saúde tem que ter em qualquer parceria com o setor privado ou setor público", afirmou. "Para vocês terem uma ideia: nunca existiu qualquer contrato de laboratório Labogen, ou dessa empresa privada, com o Ministério da Saúde. Nunca existiu", completou.Segundo Padilha, "o que existiu é que o Ministério da Saúde recebeu uma proposta em dezembro do laboratório da Marinha Brasileira, uma parceria do laboratório da Marinha com outras empresas privadas para poder produzir medicamentos do Ministério da Saúde", disse. "Mas de entregar essa proposta até ter um contrato com o Ministério da Saúde, uma série de passos seriam tomados", afirmou. Segundo o ex-ministro, seria feitas avaliações para se saber, por exemplo, da capacidade dos laboratórios de produzir os medicamentos. "E o registro de medicamento fica com a Marinha, pois o contrato é sempre com laboratório público, da Marinha. Nunca existiu qualquer tipo de contrato com essa empresa privada", insistiu.Padilha mandou aviso à oposição, caro ela queira usar o tema em campanha. "Se o PSDB quiser, mais uma vez, bater na mesma tecla, na campanha nacional ou estadual, vai perder de novo", afirmou. "Isso porque tem uma grande diferença entre os governos do PT e o governo estadual do PSDB. O governo do PT apura, quem começou a apuração dessa operação foi a Polícia Federal, do governo federal, que faz apuração, e quando tem alguma irregularidade, afasta as pessoas", comentou. "Diferente do atual governo do Estado, porque o escândalo do Metrô quem começou a apuração foi autoridade internacional, foi a Polícia Federal, do governo federal, não foi nenhum órgão do Estado. E tem dois secretários atuais de governo, indiciados, que até hoje não foram afastados do mandato", atacou.

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