BRASÍLIA - A Operação Métis, deflagrada nesta sexta-feira, 21, foi acelerada diante de evidências de que a investigação vazou para o Senado. Antes mesmo de as prisões serem autorizadas pela Justiça Federal, advogados do Legislativo estiveram na 10ª Vara Federal, em Brasília, em busca de informações sobre o caso e apresentaram requerimento de dados sobre o inquérito à Polícia Federal.
Diante da investida dos advogados, o juiz Vallisney de Souza Oliveira decidiu autorizar as quatro prisões temporárias na noite de quinta-feira. Pouco antes, o Ministério Público Federal deu parecer favorável ao pedido, feito pela PF. Os investigadores suspeitam que os policiais legislativos souberam da investigação valendo-se de estratégias de contrainteligência.
Métis. A Operação Métis, deflagrada na manhã desta sexta-feira no Senado, prendeu quatro agentes da Polícia Legislativa por suspeita de atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato e em outras ações da Federal. Segundo delação premiada de um policial ao Ministério Público Federal, os senadores Fernando Collor (PTB), Edison Lobão (PMDB) e o ex-presidente José Sarney teriam sido beneficiados pela ação do grupo detido.