Novo prazo do TCU 'já está acalmando' ânimos pró-impeachment, diz Adams

Advogado-geral da União afirma que tempo extra de 15 dias para governo explicar 'pedaladas fiscais' ajuda a reduzir crise política e que Executivo está 'tranquilo' em responder a questionamentos

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Por Rafael Moraes Moura
Atualização:

BRASÍLIA - O ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Luís Inácio Adams, disse na manhã desta quinta-feira, 13, ao Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, que o governo está "tranquilo" em responder aos novos questionamentos do Tribunal de Contas da União (TCU) no processo das "pedaladas fiscais" e que o novo prazo concedido pelo tribunal para os esclarecimentos "já está acalmando" os ânimos políticos em torno de uma ação pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. 

O advogado-geral da União, Luís InácioAdams Foto: André Dusek/Estadão

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"Todos os esclarecimentos extras que o tribunal queira, nós estamos tranquilos em responder, não temos nenhuma preocupação. A gente vai estar respeitando o processo legal. Não foram informações que estavam originalmente solicitadas, pediram esclarecimentos complementares", disse Adams, que foi abordado pelo Broadcast Político no Aeroporto de Brasília antes de embarcar para São Paulo, onde participará de evento promovido pela Revista Época. 

Questionado se o prazo extra dado ontem ao governo pelo TCU vai ajudar a acalmar os ânimos em meio à crise política no País em relação a um eventual processo de impeachment da presidente Dilma, o ministro respondeu: "Já está acalmando, né! Graças a Deus!". 

Ontem, o TCU concedeu prazo adicional de 15 dias para a presidente Dilma se manifestar sobre novas irregularidades apontadas nas contas de 2014. A Corte já havia concedido 30 dias de prazo para resposta do governo. A proposta foi aprovada por unanimidade em plenário após pressão do Palácio do Planalto e do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que se realinhou com Dilma. 

A nova notificação do TCU deve ser enviada até hoje ao governo e o prazo começará a correr na segunda-feira. Com o tempo extra, a apreciação das contas pelo plenário do tribunal, antes prevista para setembro, deve ser empurrada por prazo indeterminado. 

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