Novo ministro discute com aliados estratégia contra CPI da Petrobrás

Ricardo Berzoini, que toma posse nesta terça, se reúne com base do governo para discutir como lidar comissão que pode prejudicar governo

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Por Ricardo Brito
Atualização:

Brasília - O deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), que toma posse nesta terça-feira 1º de abril, como ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), vai comandar no início da noite uma reunião com líderes da base aliada para discutir a estratégia do governo na CPI da Petrobrás. A informação foi repassada nesta segunda-feira, 31, pelo líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE). "Até que haja a leitura (do requerimento de instalação da CPI), vamos continuar trabalhando para mostrar a todos os senadores o que está sendo feito, já sob investigação de órgãos competentes", afirmou o líder do PT. "Uma investigação do Congresso é abrir espaço para a disputa político-eleitoral", completou.

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O encontro contará com a ministra demissionária da SRI, Ideli Salvatti, e parlamentares no Palácio do Planalto. Humberto Costa disse que a estratégia inicial do governo é tentar trabalhar pela retirada das assinaturas e impedir a instalação da Comissão Parlamentar no Senado. No momento, o requerimento tem 29 assinaturas, duas a mais que o necessário.

A expectativa da oposição é que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), faça a leitura do pedido de instalação da CPI nesta terça. A partir do momento da leitura, os senadores têm até a meia-noite para retirarem ou acrescentarem nomes à investigação parlamentar. Três senadores da base aliada subscreveram o requerimento: Sérgio Petecão (PSD-AC), Eduardo Amorim (PSC-SE) e Clésio Andrade (PMDB-MG).

Os parlamentares também vão discutir no Planalto se vão propor a ampliação do escopo da CPI a fim de investigar gestões do PSDB de Aécio Neves e do PSB de Eduardo Campos, dois pré-candidatos à Presidência da República. Humberto Costa disse que, por conta do tamanho da bancada, o PT teria o direito de comandar um dos dois principais cargos da CPI, mas que isso não significa blindar as investigações.

"Por maioria, temos o direito de indicar o presidente ou o relator (da comissão)", afirmou o líder petista. No Senado, o PT, com 13 senadores, teria o direito de fazer a segunda escolha na direção da CPI logo após o PMDB.

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