PUBLICIDADE

EXCLUSIVO PARA ASSINANTES
Foto do(a) coluna

É colunista do 'Estadão' e analista de assuntos internacionais. Escreve uma vez por semana.

Opinião|Nos rincões, aumento de crédito e poder aquisitivo unem classe C

Independentemente do nível de instrução, representantes desse grupo desejam a continuidade do governo Dilma Rousseff

Foto do author Lourival Sant'Anna
Atualização:

Manacapuru - Em Manacapuru, a 95 quilômetros de Manaus, o Ibope detectou grande concentração de eleitores da classe C, com renda familiar entre R$ 1.486 e R$ 3.630, independentemente de nível de instrução, que desejam a continuidade do governo Dilma Rousseff. Na cidade à beira do Rio Solimões famosa por seu Festival de Cirandas, o Estado teve facilidade de encontrar eleitores com esse perfil entre comerciantes, microempresários, agentes de crédito, funcionários municipais e aposentados.

No efervescente comércio da cidade, as razões mais citadas são a maior facilidade de crédito e o aumento do poder aquisitivo dos mais pobres, com suas repercussões benéficas sobre a economia local. O programa Luz para Todos, bastante presente nas áreas rurais da Amazônia, e a renovação da Zona Franca de Manaus, defendida pelo governo no Congresso, também são motivos. Há sete meses, esse otimismo levou Edcarlos Almeida, de 33 anos, a abrir com o irmão uma distribuidora de bebidas usando o capital acumulado com a pesca nos Rios Solimões e Purus, no barco de seu pai. “Desde o Lula até a Dilma agora foi um governo bom”, disse ele, que cursou até o 1.º ano do ensino médio. “Não estou dizendo que foi ótimo, mas está sendo bom. A questão das crises melhorou um pouco. Para o povo do interior, que é na batalha mesmo, melhorou muito. Deu muitas fontes de renda para o pessoal. Estão tendo mais condições de comprar as coisas.” ‘Dindinzinho’. “Antigamente, a gente ia nesse interior aí, a crise era feia”, lembra Almeida. “Hoje, os cabras dá para parar mais cedo de trabalhar, acordar mais tarde um pouquinho, não com intenção de ser preguiçoso. Dá para comprar feijão, açúcar, café, porque todo mês cai o dindinzinho”, observa o comerciante e pescador, sem saber apontar ao certo quais programas do governo são responsáveis por essa renda.

"Desde o Lula até a Dilma foi um governo bom. Não estou dizendo que foi ótimo, mas está sendo bom. Para o povo do interior, melhorou muito", Edcarlos Almeida, 33, dono de distribuidora de bebidas Foto: Lourival Sant"Anna/Estadão
Opinião por Lourival Sant'Anna

É colunista do 'Estadão' e analista de assuntos internacionais

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.