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No PR, Richa prefere cautela e Requião mostra otimismo

Candidato à reeleição pelo PSDB afirma que esperava "um bombardeio" da campanha do adversário; Requião reclama da imprensa e da Justiça Eleitoral

Por Julio César Lima
Atualização:

(atualizada às 15h11)

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CURITIBA - O governador Beto Richa (PSDB), candidato à reeleição, votou pela manhã no Colégio Estadual Amâncio Moro, no Jardim Social, em Curitiba (PR) e disse estar confiante em uma vitória no primeiro turno, apesar de manter uma cautela até o horário das apurações. Richa conversou com a imprensa ao chegar ao colégio e não quis fazer previsões sobre seu futuro político.

"Eu sou muito tranquilo em relação a isso, acho que tudo a seu devido momento, eu não tenho grandes projetos na política, estou na política para servir e quando os paranaenses entenderem que já dei a minha contribuição eu me retiro com a maior tranquilidade do mundo, não penso maiores projetos, eu sempre penso no projeto do momento, estou eleito, sendo eleito, vou cuidar do mandato", declarou.

Sobre a campanha, Richa comentou sobre seu adversário Roberto Requião. "Eu esperava um bombardeio, até pelo candidato que estaria na disputa. Todas as campanhas que ele participa são extremamente agressivas, muitas armações, estelionato eleitoral, promessas falsas. A gente tem o compromisso com a verdade e com todos", disse.

"Pudemos mostrar nossos números, números que nos orgulham bastante, mostram competência e ousadia, então tenho dito que em função de tudo que fizemos e o eleitor puder comparar os candidatos que se apresentam nesta eleição e os resultados apresentados pelas mais recentes pesquisas divulgadas nos colocam com uma possibilidade muito concreta de decidirmos a eleição hoje e essa é minha confiança", comentou.

Apesar disso, Richa afirmou que a coordenação de sua campanha chegou a interpelar alguns institutos. "Nós entramos com ação no TRE na campanha passada porque os números estavam muito discrepantes com os nosso acompanhamento diário de pesquisa, por isso nós recorremos para ver o que estava acontecendo e nesse ano eles têm batido". 

PMDB. Já o senador Roberto Requião, que votou no Colégio Julia Wanderley, ignorou os resultados das últimas pesquisas e demonstrou otimismo para a disputa de um segundo turno. Segundo ele, sua campanha precisou enfrentar diversos inimigos. "Foi uma campanha em que concorri contra a imprensa, a justiça eleitoral, não houve um debate", reclamou. Além disso, se referiu à sua vitória na convenção do PMDB para defender a tese do segundo turno. "Alguém acreditava?", questionou.

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Irritado com o que considerou injustiças contra sua candidatura, Requião afirmou que a Justiça esteve sempre de outro lado, mas não do povo. "Nossa Justiça Eleitoral é igual a jaboticaba, só existe no Brasil; a Justiça agiu em favor do interesse das oligarquias contra o interesse da população", afirmou.
Durante a semana, a coordenação da campanha de Requião entrou em um barracão onde estavam sendo confeccionados materiais apócrifos contra sua candidatura, mas a polícia foi ao local e prendeu as pessoas ligadas a ele por causa da invasão do terreno sem mandado algum. "Fizemos representações, mas justiça vai julgar quando? Depois de acabar as eleições?", criticou.

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