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No plenário, ao menos 3 votos sobre denúncia contra Temer podem mudar

Os deputados Luiz Fernando Faria (PP-MG), Renata Abreu (Podemos-SP) e Edio Lopes (PR-RR) ainda não são votos certos quando o plenário da Câmara for analisar a admissibilidade da denúncia contra Michel Temer em agosto

Por Mariana Machado , Bernardo Gonzaga e  ESPECIAIS PARA O ESTADO
Atualização:

BRASÍLIA - Ao menos três dos 66 deputados membros da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que participaram da votação de admissibilidade da denúncia contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva não garantem manter o mesmo voto no plenário da Câmara em agosto.

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Os deputados Luiz Fernando Faria (PP-MG), Renata Abreu (Podemos-SP) e Edio Lopes (PR-RR) ainda não são votos certos em agosto. Faria e Lopes votaram contra a admissibilidade da denúncia e Renata votou a favor do relatório do deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ).

Luiz Fernando Faria não quis se posicionar e disse que vai aguardar para confirmar o voto. “Ainda tem muita coisa para acontecer até o dia da votação”, disse o parlamentar. O partido do deputado fechou questão contra a admissibilidade da denúncia também no plenário da Câmara, mas a orientação é da bancada, não da Executiva, o que, em tese, não implicaria em punições para quem votar diferentemente da indicação.

A deputada Renata Abreu (Podemos-SP) Foto: Podemos/Imprensa

Já a deputada Renata Abreu montou uma votação popular no site do partido, para que os próprios eleitores orientem sua decisão em plenário. A enquete online foi aberta no mesmo dia da votação na CCJ pela apreciação do relatório de Zveiter e estará disponível até 2 de agosto, dia marcado para a votação no plenário da Câmara dos Deputados. Até o momento, 88% dos votos são pela admissibilidade da denúncia, mas, segundo a deputada, isso não garante o mesmo voto, já que, se a maioria mudar, o voto dela muda também.

Renata, que é presidente do Podemos, disse que para a decisão da denúncia contra Temer, apenas o voto dela está em questão, já que é uma primeira experiência, mas a ideia é que para futuros projetos, todos os deputados sejam englobados na votação popular. “Muitos deputados já querem participar, e ao menos seis devem seguir a votação da maioria.”

A reportagem tentou contato com o deputado Edio Lopes, mas a assessoria do parlamentar informou que ele está no interior do Estado e que está indeciso se mantém o voto da CCJ.

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