No Norte, Aécio diz que pressionar TCU é ‘incabível’

Para candidato à Presidência pelo PSDB, qualquer decisão da corte referente à presidente da Petrobrás, Graça Foster, deve ser respeitada

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Por Erich Decat , Pedro Venceslau - ENVIADOS ESPECIAIS e MANAUS E RIO BRANCO
Atualização:

Atualizado às 22h52

O candidato à Presidência pelo PSDB, Aécio Neves, disse neste sábado, em Manaus, que qualquer decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a presidente da Petrobrás, Graça Foster, deve ser respeitada. O tucano foi questionado sobre a possibilidade de Graça ser incluída na lista de dirigentes e ex-dirigentes da estatal responsabilizados pela corte por prejuízos causados pela aquisição da refinaria de Pasadena, nos EUA.

Aécio Neves participou de encontro com prefeitos do Amazonas Foto: Igo Estrela

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Na sexta-feira, a presidente Dilma disse achar “um absurdo” a possibilidade de Graça ter seus bens bloqueados pelo TCU e levantou suspeitas de interesses obscuros no processo da corte.

“Qualquer decisão do TCU deve ser respeitada”, afirmou Aécio Neves. Ao Estado, o tucano não quis fazer “juízo de valor” sobre a possibilidade de Graça poder perder o cargo caso tenha as contas bloqueadas, como chegou a afirmar o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams.

“Respeito as decisões do TCU, não dá para fazer esse julgamento, não tenho informações para fazer. Agora é incabível qualquer tipo de pressão no TCU, de qualquer forma que se dê. O diagnóstico que faço é de que infelizmente a Petrobrás hoje é uma empresa aparelhada, que não tem capacidade de fazer os investimento que seriam necessários para o crescimento do País.”

‘Desacertos’.

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Aécio criticou a atuação do governo ao falar sobre a queda de 25% dos lucros da Petrobrás registrada no 1.º semestre. “É consequência dos desacertos do governo. A Petrobrás virou instrumento de política econômica porque o governo fracassa na condução da política macroeconômica, em especial no combate a inflação. A Petrobrás é hoje refém desses desacertos com consequências graves para ela. Esse governo fracassou, acho que vão perder a eleição”, afirmou.

O candidato do PSDB visitou uma comunidade ribeirinha ao lado do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), e gravou imagens com moradores de Julião, a uma hora de barco de Manaus. Entre apertos de mãos e abraços, ele acompanhou a dança de indígenas da etnia barasna. Ao receber o cocar do cacique Santiago, Aécio hesitou em usá-lo. No meio político, o adorno é visto como algo que pode trazer azar.

Nordeste Forte.

Depois de deixar Manaus, Aécio desembarcou em Rio Branco, no Acre, onde participou de ato político com o candidato do PSDB ao governo do Estado, Márcio Bittar, e visitou o comitê de outro candidato ao governo, Tião Bocalom, ex-tucano que disputa o governo pelo DEM.

Aos jornalistas, Aécio adiantou que lançará no dia 23, na Bahia, o projeto que está sendo tratado pelos tucanos como a principal vitrine de sua campanha na Região Nordeste. O programa será batizado de Nordeste Forte e deve englobar um pacote de promessas de obras de infraestrutura para a região.

Na capital do Acre, o tucano prometeu, ainda, que, se eleito, construirá uma ponte sobre o Rio Madeira, na BR-364, única via de acesso terrestre do Estado com o resto do Brasil.

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