No Chile, Dilma evita falar de crise e diz que PMDB só 'dá alegrias'

Ala do principal partido da base aliada trava rebelião por mais espaço no governo; Temer faz reunião com líder da legenda na Câmara

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Por Redação
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Viña del Mar (Chile) - Em meio à maior crise de seu governo com a base aliada, a presidente Dilma Rousseff evitou criticar o PMDB, maior partido da base. "O PMDB só me dá alegrias", foi sua resposta ao ser indagada sobre os problemas com a sigla em uma rápida entrevista em Viña del Mar, onde está nesta terça-feira, 11, para participar da posse da presidente eleita do Chile, Michele Bachelet.

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Dilma esquivou-se de comentar os recentes episódios da rebelião peemedebista na Câmara e os impactos que isso traria no ano eleitoral. Parte da legenda tenta obter mais espaço no governo e mais apoio petista nas eleições estaduais. "Daqui para frente, esse é um ano muito especial. Primeiro, nós temos a Copa, e eu tenho convicção que será uma Copa fantástica. Segundo, porque nós temos essa preparação para os Jogos Olímpicos", afirmou, depois de se encontrar com um grupo de atletas brasileiros que participa dos Jogos Sul-Americanos no Chile.

Nessa segunda, 10, a presidente passou a manhã em duas reuniões com os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), e do Senado, Renan Calheiros (AL), além do vice-presidente da República, Michel Temer, todos do PMDB. O governo ofereceu apoio eleitoral do PT ao partido em seis Estados. A crise na Câmara, no entanto, ainda não está debelada. Dilma quer que Temer conduza a solução do problema.

A bancada do PMDB na Câmara vai se reunir na tarde desta terça e deve aprovar uma moção de apoio ao líder da bancada da legenda na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), num sinal de que pretende mesmo comprar briga contra o governo. Recentemente, o deputado defendeu publicamente que o partido deveria repensar a aliança com o PT. Nesta manhã, Temer recebeu Henrique Alves e Cunha para uma reunião no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente. / Colaborou Ricardo Della Coletta

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