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Não se faz reforma política criando partido fictício, diz Cunha

Presidente da Câmara voltou a criticar articulação pela criação do PL, liderada pelo ministro das Cidades, Gilberto Kassab

Por José Roberto Castro e Valmar Hupsel Filho
Atualização:

SÃO PAULO - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, voltou a criticar a criação do PL, chamado por ele de partido fictício. Segundo Cunha, a crise política se agrava quando o governo não faz gestos de aproximação ou até faz gestos no sentido contrário. "Não se pode discutir reforma política de verdade criando partido fictício", disse o peemedebista, que defendeu a criação do Rede Sustentabilidade, partido que segundo ele tem base ideológica.

O peemedebista disse, em coletiva de imprensa, que votará em maio o projeto de reforma política discutido em comissão especial na Casa. Segundo o presidente, a Câmara deve reservar uma semana para discutir o tema e as mudanças na legislação serão feitas via projeto de lei ou emenda constitucional.

Presidente da Câmara voltou a criticar a criação do novo partido de Gilberto Kassab Foto: Helvio Romero/Estadão

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Bastante vaiado por manifestantes que foram ao plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo, Cunha disse que eram pessoas escaladas para fazer movimento político. Os manifestantes pediam reforma política, segundo o presidente da Câmara, a mesma definida pelo PT. Sobre as acusações de ser "homofóbico", o presidente da Câmara disse que não se considera como tal, mas que estava na Alesp para representar o cargo que ocupava, não para discutir suas posições pessoais.

Cunha foi perguntado sobre o projeto de lei que limita em 20 o número de ministérios e reiterou sua posição, como autor do projeto. O deputado disse que a bancada do PMDB na Câmara já abriu mão de indicar ministro no ano passado e que não teria problema em "abrir mão de todos os ministérios, se for necessário".

Com protagonismo crescente nos últimos meses, o deputado do Rio foi perguntado sobre seus poderes e se era uma espécie de primeiro-ministro. Cunha disse que o que aconteceu nos últimos tempos foi que o poder Legislativo deixou de ser submisso ao Executivo e começou a trabalhar com independência e harmonia. 

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