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'Não existe a hipótese de Henrique Meirelles ser vice de Aécio', diz Afif

Ministro da Micro e Pequena Empresa e vice-governador de SP reafirma apoio do PSD à reeleição de Dilma

Por Elizabeth Lopes
Atualização:

São Paulo - O vice-governador de São Paulo e ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos (PSD), disse nesta segunda-feira, 19, que o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, seu correligionário, não integrará a chapa majoritária do tucano Aécio Neves como candidato à vice-presidência da República nestas eleições. "Temos um compromisso a nível nacional já firmado com a presidente Dilma Rousseff (que este ano tentará a reeleição). Fomos pioneiros (neste apoio) sem nenhuma barganha de cargo, exatamente investindo no projeto futuro. Portanto, não existe a hipótese de Meirelles ser vice de Aécio", disse Afif ao chegar para evento da Frente Nacional de Prefeitos, em São Paulo. Ainda sobre o cenário nacional, Afif afirmou que se Meirelles viesse a integrar a chapa tucana de Aécio Neves, na prática isso representaria o rompimento da aliança nacional firmada entre PSD e PT, e repetiu: "Não há essa hipótese. Isso não está em negociação".Já com relação às alianças regionais, principalmente no maior colégio eleitoral do País, São Paulo, onde o PSDB do governador e virtual candidato à reeleição Geraldo Alckmin acena com um acordo com o PSD, Afif disse: "O fato é irônico porque eles (os tucanos) trabalharam contra o PSD. Engraçado que agora estão nos convidando para ser vice", disse ele, que é do PSD e é vice do tucano Alckmin. Em São Paulo, os tucanos teriam oferecido o cargo de vice na chapa de Alckmin ao ex-prefeito de São Paulo e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab. Indagado se, apesar dos imbróglios passados, o ex-prefeito poderia aceitar o aceno do PSDB, Afif disse que esta é uma decisão mais de Kassab do que do partido como um todo. "A decisão do Kassab eu não sei qual é", afirmou.Palanques. Ao falar das alianças regionais, o ministro citou que, em alguns Estados, siglas que fazem oposição ao PT de Dilma Rousseff, como o PSB de Eduardo Campos e até o PSDB, já apoiaram seu partido. "Em Pernambuco, fomos apoiados pelo Eduardo Campos. No Paraná, fomos apoiados pelo Beto Richa (PSDB). E em Goiás, pelo Marconi Perillo (PSDB). Portanto, é mais do que natural que os arranjos locais sejam em torno da reeleição desses governadores, mas sem embargo à reeleição da presidente Dilma. E em São Paulo precisamos analisar sob este ponto de vista, mas (os tucanos) não nos apoiaram tanto assim." Questionado sobre como se posicionaria caso Kassab aceite a oferta do PSDB, Afif disse apenas: "Eu vou fechar com a reeleição da presidente Dilma".

 

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