Não concordo com o teor dos atos por impeachment, diz Dilma
'O Brasil tem espaço para a manifestação que for, mesmo uma que signifique a volta do golpe', disse a presidente na Austrália
Por Fernando Nakagawa
Atualização:
A presidente Dilma Rousseff diz que não concorda com o teor das manifestações populares que pedem o impeachment da ocupante do Palácio do Planalto e até uma intervenção militar. Mas que respeita a manifestação popular. Para Dilma, o Brasil chegou a um estágio democrático que permite até que alguns cidadãos defendam a volta de um golpe.
"O Brasil não se abala por um escândalo. Nós temos hoje uma opção democrática consolidada. Não somos um país que se chegou ontem à democracia. Eu não concordo com o teor das manifestações, mas com a manifestação em si eu nada tenho contra ou a favor", disse Dilma em entrevista após o encerramento da reunião de cúpula das 20 maiores economias do mundo, o G-20.
Manifestação interdita Avenida Paulista
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Manifestação interdita Avenida Paulista
De acordo com PM, cerca de dez mil manifestantes se concentram no vão do Masp em protesto contra o governo atual Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO
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Cartazes pedem impeachment da presidente Dilma Roussef e protestam contra a corrupção Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO
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Lideranças do protesto falam em carros de som para os protestantes Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO
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Manifestantes carregam cartazes contra a corrupção e escândalos envolvendo a Petrobrás Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO
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Manifestantes levam bandeiras do Brasil para o ato Foto: JF DORIO/ESTADÃO CONTEÚDO
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Ato pede impeachment da presidente Dilma Rousseff Foto: JF DORIO/ESTADÃO CONTEÚDO
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Parte dos manifestantes levam cartazes pedindo intervenção militar Foto: JF DORIO/ESTADÃO CONTEÚDO
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Um dos organizadores do ato, o empresário Marcelo Reis, discursa em carro de som durante protesto Foto: JF DORIO/ESTADÃO CONTEÚDO
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"O Brasil tem espaço para a manifestação que for mesmo uma que signifique a volta do golpe. Porque somos hoje de fato um país democrático", afirmou na cidade australiana de Brisbane. "Reconhecer isso é entender que faz parte da nossa história seremos capazes de tolerar inclusive as manifestações mais extremadas. Um país democrático absorve e processa até propostas mais intolerantes. O Brasil tem essa capacidade de absorver e processar".