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Na terra de Aécio, Dilma diz que PSDB vai para o 'beleleu'

Em ato com Pimentel, presidente faz coro com Lula e desfere duros ataques aos adversários; ex-presidente volta a criticar a imprensa

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Por Marcelo Portela
Atualização:

 A presidente Dilma Rousseff provocou nessa sexta-feira, 30, o PSDB no reduto do futuro adversário na disputa presidencial, o senador Aécio Neves. Ao discursar durante o Encontro Estadual do PT, em Belo Horizonte, Dilma repetiu no microfone um coro que vinha da plateia: “Os tucanos vão para o beleléu, chegou o Pimentel”, afirmou a presidente, em referência ao ex-ministro Fernando Pimentel, pré-candidato do PT ao governo do Estado - comandado pelo PSDB de 2003 a março deste ano. 

Na disputa pelo Palácio Tiradentes, Pimentel deverá polarizar com o ex-ministro Pimenta da Veiga, nome tucano escolhido por Aécio. 

O evento, que contou também com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, serviu como plataforma para Pimentel e ataques a adversários, principalmente Aécio. 

Em palanque com Lula e Pimentel, presidente faz ataques à oposição Foto: Andre Brant/Hoje em Dia

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No encontro, o nome do ex-ministro foi confirmado por delegados como pré-candidato ao governo do Estado. Dilma, em sua fala, afirmou que Minas “não tem dono” nem “voto de cabresto”. “É muito importante romper com a situação que vivemos aqui hoje. Sei desde que nasci que Minas não tem dono. Que Minas não tem e não gosta de voto de cabresto. Todos que tentaram se deram mal. E temos um grupo que pretende dominar Minas Gerais”, disse a presidente.

‘Pílulas’. Lula usou praticamente todos os 31 minutos do discurso para atacar os tucanos e a imprensa, que voltou a classificar como o “maior partido político de oposição” do País. “Vou devolver para eles em pílulas todos os dias o que fizeram comigo”, disse.

Boa parte do discurso do ex-presidente foi centrado em ataques à gestão do PSDB em Minas. Aécio governou o Estado por dois mandatos (2003-2010) e foi sucedido por Antonio Anastasia, que se desincompatibilizou no início de abril para disputar uma cadeira no Senado. 

Segundo Lula, o “Estado controla a imprensa”. “Aqui falam em liberdade de imprensa, mas não foi publicada, quando eu era presidente, a greve da Polícia Militar. Vão trabalhar o nome de Pimentel num Estado que fala muito de liberdade, mas em que se exerce pouco a liberdade”, afirmou citando também medidas como o chamado choque de gestão, adotado por Aécio. 

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“Qual a grande obra de infraestrutura que nosso adversário fez. É a Cidade Administrativa, que é quase uma coisa feita para ele próprio”, completou, referindo-se à atual sede do Executivo mineiro, construída a um custo oficial de R$ 1,2 bilhão. Além deles, os demais oradores atacaram os tucanos, incluindo Pimentel e o empresário Josué Gomes, filho do ex-vice-presidente.

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