Brasília - O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, afirmou que atualmente a relação entre a presidente Dilma Rousseff e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) é positiva. "Pelo menos na fotografia de hoje, a relação de Dilma com Renan é muito boa", afirmou. O ministro ponderou, entretanto, que "essas relações nunca são totalmente estáveis".
O ministro reconheceu que, no início do ano, Renan estivesse mais afastado do Planalto, mas que a relação com o Senado sempre foi mais "tranquila". "Renan sempre teve críticas ao modelo econômico, mas aliados dentro do PT também têm. É natural", afirmou.
Wagner também considera legítima a iniciativa do presidente do Senado de trazer um agenda própria para resgate da economia, se referindo ao projeto da Agenda Brasil, conjunto de propostas que tramitam no Senado. "É um protagonismo positivo, até porque ele é presidente de um poder que tem autonomia em relação à Dilma. Existem muitas matérias na Agenda Brasil que considero positivas, o Senado não tem que votar apenas matérias enviadas pelo Executivo".
O ministro também defendeu que a quebra de sigilo fiscal e telefônico do presidente do Senado, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), não altera a relação dele com a presidente. "A quebra de sigilo de Renan não interfere na relação dele com o Planalto", afirmou. Assim como outros assuntos relacionados à Lava Jato, Wagner tentou minimizar a influência do Executivo sobre às investigações.