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MTST faz protesto dentro de shopping na zona sul do Rio

Manifestantes se reuniram em Botafogo, na zona sul, entoando gritos de 'não tem coxinha' e 'não vai ter golpe'; integrantes do movimento distribuíram pão com mortadela ao fim do ato

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Por Marcio Dolzan
Atualização:
Manifestantes distribuíram mortadela em protesto Foto: Márcio Dolzan/Estadão

Rio - Cerca de 80 manifestantes ligados aos Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) fizeram um protesto na praça de alimentação do shopping Rio Sul, em Botafogo, zona sul do Rio, no fim da manhã desta quinta-feira, 24. Embora não tenham citado nem a presidente Dilma Rousseff (PT) nem a possibilidade de impeachment, eles repetiam, aos gritos, o slogan “não vai ter golpe”. Uma manifestação maior está marcada para às 16h, na Cinelândia, centro do Rio. Com megafone, faixas e bandeiras, o MTST pedia “democracia” e “moradia”. Além do “não vai ter golpe”, gritavam "não tem coxinha", o que incomodou alguns frequentadores do local. Antes de deixar a praça de alimentação, os líderes do movimento distribuíram pão com mortadela aos presentes ao ato. Na sequência, todos circularam pelo shopping, ainda gritando "não vai ter golpe", recebendo apoio de alguns e vaias e xingamento de outros. Os seguranças do Rio Sul acompanharam a manifestação e chegaram a ameaçar de prisão os líderes do protesto, que acabaram deixando o local. Três policiais militares apareceram no interior do centro de compras e acompanharam a movimentação. A concentração para o ato começou a partir das 11h, quando cerca de 30 manifestantes se reuniram no campus da Praia Vermelha da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), localizado a cerca de 300m do shopping.Em seguida, o grupo caminhou até o Rio Sul, onde outros manifestantes já se encontravam. Um dos coordenadores do movimento, Vitor Guimarães, em rápido discurso na praça de alimentação, disse que "esse shopping não está acostumado a receber tanta gente preta", momento em que recebeu aplausos e vaias. Apesar das vaias e das provocações, não houve nenhum ato mais hostil de nenhuma das partes durante o protesto no shopping - nem mesmo quando, durante o discurso, um dos frequentadores gritou "vai ter golpe, sim".

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