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Ministro desiste de trocar auxiliar citado em delação

Titular da Secom, Edinho Silva garante permanência de Manoel Sobrinho, apontado por Pessoa como receptor de doações

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Por Redação
Atualização:

A Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República desistiu ontem de trocar o funcionário da pasta implicado na Operação Lava Jato. Conforme nota distribuída aos jornalistas, Manoel de Araújo Sobrinho, chefe de gabinete do ministro Edinho Silva, “não será substituído”.

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Na terça reportagem do Estado revelou as negociações para a saída de Sobrinho, informação confirmada por três fontes do Palácio do Planalto. Segundo a apuração, a substituição havia sido acertada e estava definida para ser efetivada nos próximos dias. 

Brasília - A nota da Secom diz que “a publicação prefere dar credibilidade a supostos auxiliares do Palácio do Planalto, anônimos, ao invés da palavra oficial de um ministro de Estado”. 

O ministro, como constou no texto de ontem, negava a saída do auxiliar, embora assessores do governo confirmassem a operação. A publicação do texto pelo Estado, segundo funcionários do Planalto, adiou os planos de mudanças na Secom. A saída de Sobrinho havia sido arquitetada para poupar Edinho, coordenador financeiro da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff no ano passado, e para tentar afastar do Planalto a crise provocada pela Operação Lava Jato. 

Sobrinho chegou ao Planalto com Edinho no início de abril. O chefe de gabinete foi apontado pelo dono da UTC, Ricardo Pessoa, delator na Lava Jato, como responsável por receber doações que chegaram a R$ 7,5 milhões para a campanha. O dinheiro, segundo Pessoa, foi obtido por meio de pressão em troca da continuidade dos contratos da UTC com a Petrobrás. As autoridades investigam se esses recursos eram provinientes de corrupção. O ministro nega as acusações. 

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