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Ministro da Justiça defende presidente da Petrobrás

Em entrevista coletiva, José Eduardo Cardozo afirma que a postura da estatal nesta segunda fase da Operação Lava Jato foi de quem quer colaborar com as investigações

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Por Débora Alvares
Atualização:

Brasília - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, saiu nesta sexta-feira, 11, em defesa da presidente da Petrobrás, Graça Foster, que segundo ele, tem colaborado com as investigações da Polícia Federal sobre a estatal. "Atendimento dado à PF foi de alguém que quer colaborar com as investigações e essa tem sido a posição da própria presidente Graça Foster", afirmou, em coletiva à imprensa.

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Segundo Cardozo, não é possível dizer que houve busca e apreensão de documentos na Petrobrás na manhã dessa sexta. "Não chegou a ocorrer uma busca, porque a Petrobrás, voluntariamente, diante da solicitação da Polícia Federal, entregou os documentos solicitados", disse o ministro. Agentes da PF estiveram na sede da estatal, no Rio de Janeiro, na segunda etapa da operação Lava Jato.

Cardozo se negou a dar detalhes sobre o tipo de documento recolhido na estatal, justificando que o material está sob sigilo policial. O ministro também não comentou as relações do doleiro Alberto Youssef com as denúncias envolvendo a Petrobrás e aproveitou para alfinetar a oposição ao governo Dilma Rousseff. "Não cabe ao ministro da Justiça fazer qualquer juízo de valor. Cabe garantir uma atuação autônoma e independente da PF. O papel do ministro da Justiça é dizer que as investigações da Polícia Federal sejam feitas com absoluta lisura e sem viés político", afirmou.

Os policiais federais passaram a manhã na sede da estatal em busca de cópias de um contrato entre a empresa Ecoglobal Ambiental Comércio e Serviços e a estatal, que seria no valor R$ 443 milhões, supostamente assinado em 2013, já na gestão da atual presidente Graça Foster. As investigações da PF apontaram que a Ecoglobal teria como sócios ocultos o ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, ambos presos desde o mês passado em Curitiba na primeira fase da operação Lava-Jato. Eles foram acusados de operar um esquema de lavagem de dinheiro.

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