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Ministro da Agricultura defende aliança PT-PMDB em Minas

Antõnio Andrade é cotado para ser vice na chapa do petista Fernando Pimentel ao governo de Minas; Lula participa de ato nesta sexta em BH

Por MARCELO PORTELA
Atualização:

BELO HORIZONTE - O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, afirmou nesta sexta-feira que a aliança entre o PMDB e o PT na eleição para o governo de Minas é "mais que natural". Andrade, do PMDB, é cotado para ser vice na futura chapa encabeçada pelo ex-ministro do Desenvolvimento Fernando Pimentel (PT), cuja pré-candidatura será lançada nesta sexta-feira pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "No governo federal nós somos base. Estamos juntos e é mais que natural uma composição em Minas também", afirmou.

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Uma ala do PMDB estadual, liderada pelo senador Clésio Andrade, insiste na candidatura própria. Clésio, ex-vice-governador do Estado no primeiro mandato do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e réu em ação penal do mensalão mineiro que tramita no Supremo Tribunal Federal, trabalha para ser o candidato do partido, mas sofre resistência dentro do próprio diretório estadual.

Apesar de defender a formação de uma chapa com Pimentel, Andrade admitiu a possibilidade de a legenda ter candidatura própria porque, segundo ele, é o que "mais une um partido". Ele acredita que o fato de Clésio ser réu mensalão mineiro não criará constrangimento na disputa eleitoral. "Este é um assunto do Judiciário. Mas ainda estão ouvindo testemunhas", disse Antônio Andrade, descartando a possibilidade de Clésio ser julgado antes do pleito de outubro.

Clésio era réu no processo que corre em Belo Horizonte, mas foi desmembrado quando ele assumiu uma cadeira no Senado, em 2011, com a morte de Eliseu Resende (DEM). O deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG) é alvo em outra ação penal no Supremo. Na semana passada, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou declarações finais ao STF e pediu a condenação de Azeredo a 22 anos de prisão.

O deputado e o senador são acusados de participarem de um esquema de desvio de verbas de estatais mineiras em 1998 para a campanha pela reeleição do tucano, então governador de Minas.

Ministério. O ministro da Agricultura disse que "a qualquer momento" vai deixar o comando da pasta, que acredita que será assumida por outro integrante do PMDB. "Até o dia 4 (de abril) eu vou sair (do Ministério). Estou aguardando a negociação sobre quem vai para meu lugar. Com certeza o PMDB, como base de governo que é, vai buscar entendimento com a presidente. Mas a qualquer momento podemos ter que sair", afirmou o ministro, antes de entrar para reunião fechada com Lula, Pimentel, e parlamentares estaduais e federais de ambos os partidos.

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