Marun diz que Temer previa vaias no local do desabamento

Pessoas arremessaram garrafas contra o presidente e alguns chutaram o carro da comitiva

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Marun afirmou que, mesmo consciente da probabilidade de ser hostilizado, Temer foi 'de forma corajosa' ao local. Foto: Dida Sampaio/Estadão

BRASÍLIA - O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB), saiu em defesa do presidente Michel Temer, vaiado nesta terça-feira, 1º, ao visitar o local do desabamento de um prédio no centro de São Paulo. Em vídeo divulgado em suas redes sociais há pouco, Marun disse que Temer sabia da possibilidade de protestos, mas cumpriu seu dever de presidente.

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“Expresso minha tristeza em função da tragédia”, disse Marun. “Quanto à visita do presidente Temer, ele, mesmo consciente da grande probabilidade de ser hostilizado, em estando em São Paulo, de forma corajosa como é de seu feitio, decidiu visitar o local e, repito, cumprir o seu dever de presidente da República”.

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Da ala oposicionista a Temer no MDB, o senador Renan Calheiros (AL) também lamentou o desabamento do edifício, e disse que, "para piorar, o presidente apareceu do nada e teve que sair correndo entre pedras e vaias para evitar cena de ódio incontrolável". "A tragédia do edifício que desabou em São Paulo é metáfora do governo Temer: uma construção abandonada pegou fogo, desabou e matou pobres", escreveu Calheiros.

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Pessoas arremessaram garrafas contra o presidente. Algumas atingiram um dos carros da comitiva do presidente. Temer circulou cercado por jornalistas e populares que estavam no local e o vaiavam e xingavam repetidamente. Homens chegaram a se aproximar dos veículos e a deferir socos e pontapés, nos carros, quando presidente já estava dentro e tentava deixar a região às pressas.