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Marun diz que defesa de Temer está analisando quando divulgará extratos

Ministro da Secretaria de Governo ressaltou que Planalto gostaria de receber antes o 'conteúdo da decisão' que ainda não teve acesso

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Por Carla Araujo
Atualização:

BRASÍLIA - O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, reiterou hoje que o presidente Michel Temer tem a intenção de divulgar os seus extratos bancários, após o ministro do Supremo Tribunal Federal, Luis Roberto Barroso, decretar a quebra de sigilo do presidente. "O presidente já deixou claro que não se opõe. Se tivesse algum óbice, teria recorrido", afirmou Marun, ressaltando que o governo gostaria de receber antes o "conteúdo da decisão" que ainda não teve acesso. "O presidente é um homem honrado e não tem nada a esconder", completou. Segundo o ministro, a defesa do presidente que está analisando o melhor momento de divulgar os extratos. "Serão divulgados. Até porque não recorremos". O ministro da Justiça, Torquato Jardim, citou o artigo 86 da Constituição e disse que o presidente não pode responder por ato anterior ao mandato. "Quando Constituição diz que enquanto tiver presidente, não responderá por atos anteriores ao exercício do mandato. Nada impede que o juiz tome iniciativa de busca e prova, mas no processo civil", afirmou. "No plano da Constituição há uma regra diversa que preserva a instituição presidência da república, independente de quem é seu titular", completou. Barroso autorizou a quebra de sigilo bancário do presidente Michel Temer atendendo a um pedido do delegado Cleyber Malta, responsável pelo inquérito que investiga irregularidades na edição do Decreto dos Portos, assinado em maio de 2017. A decisão de Barroso é do dia 27 de fevereiro. A quebra de sigilo abrange o período entre 2013 e 2017. 

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