Marina levantou mercados, diz reportagem do FT

PUBLICIDADE

Por Fernando Nakagawa e CORRESPONDENTE
Atualização:

O jornal britânico Financial Times publica reportagem na edição desta sexta-feira em que destaca a reação positiva dos mercados brasileiros à entrada de Marina Silva na disputa pelo Palácio do Planalto. Com o título "Efeito Marina levanta ativos brasileiros", o texto destaca a crença dos analistas de que eventual governo do PSB pode ser mais ortodoxo para a economia. O texto, porém, alerta que poderia acontecer o mesmo fenômeno que o visto com o indiano Narenda Modi, primeiro-ministro que prometia reformas, mas tem frustrado as expectativas.A reportagem nota que desde que a ex-ministra do Meio Ambiente entrou na disputa, as ações e os títulos de dívida brasileiros reagiram positivamente com a "esperança do fim de um governo que intervém em uma das economias de pior desempenho na região". "Os investidores defendiam há muito tempo qualquer alternativa a Dilma, mas o entusiasmo foi alimentado ainda mais pelo tom amigável aos negócios do programa de governo publicado na semana passada", diz a reportagem.O FT destaca que o programa de governo de Marina Silva promete "políticas econômicas mais ortodoxas e, fundamentalmente, dar ao Banco Central uma maior independência para sua tarefa de combater a inflação". O otimismo fez com que aumentasse a procura por ativos brasileiros, como a dívida do Tesouro Nacional que paga as maiores taxas reais de juros do mundo, diz o FT.A reportagem nota, porém, que o otimismo pode frustrar investidores. O texto cita como exemplo a expectativa otimista que existia para o novo governo da Índia. "A fé na capacidade de Narenda Modi para reformar a Índia já está diminuindo. Então, uma vitória de Marina Silva pode eventualmente gerar desapontamento", diz o texto. O FT reconhece, porém, que parte do mercado não prevê desapontamento e há apostas de que o real brasileiro pode bater outras moedas da região, como o peso mexicano e colombiano, com eventual vitória do PSB.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.