Atualizado às 17h58 do dia 13/03
RIO - Apenas 39 pessoas aderiram ao protesto realizado nesta quarta-feira, 11, no centro do Rio e definido por organizadores como “abre-alas” de manifestações programadas para este domingo contra a presidente Dilma Rousseff (PT). Neste domingo, estão previstos protestos em todo o País contra a presidente, acompanhe ao vivo a manifestação no estadao.com
Na véspera, o empresário Rodrigo Brasil, de 25 anos, integrante do grupo Revoltados On Line, havia afirmado que pretendia reunir 5 mil pessoas no ato, que recebeu 6,3 mil confirmações de presença no Facebook.
O grupo se concentrou na Candelária e percorreu a Avenida Rio Branco até a sede da Petrobrás, na Avenida Chile. Ainda na concentração, o sociólogo Ricardo Santana Reis, funcionário da estatal Eletronuclear, foi agredido ao passar pelo local e chamar de “golpistas” os manifestantes, que pediam o impeachment de Dilma, a quem ofenderam com palavrões. Brasil lançou duas garrafas de água contra Reis, que foi expulso do local. Uma pedra também foi jogada, mas não o atingiu.
“Precisamos acabar com esse tipo de ovo da serpente da intolerância que está se gestando no nosso País”, disse o sociólogo após a agressão.
Convocado pelo Revoltados On Line, o ato teve cinco organizadores, entre eles o psiquiatra Casé Carvalho, de 60 anos, que se disse filiado ao PSDB e presidente de um dos diretórios da sigla no Rio – ele não disse qual. Carvalho integra o grupo Extermínio. “Queremos exterminar o PT e o Movimento dos Sem-Terra. É extermínio no sentido de limpeza, de dedetização.”
Fundador da página Revoltados On Line, o administrador de empresas Marcello Reis, de 40 anos, disse que “água não machuca” ao comentar a agressão ao sociólogo. “Está calor, é bom para refrescar a mente.” Questionado sobre a baixa adesão, disse que “o povo carioca é mais acomodado”. Reis é defensor do que chama de “intervenção militar”. “É o último passo”, disse ele, que vestia uma camiseta com a frase “Impeachment Já”.