Lula participa de ato 'em defesa da democracia' nesta terça

Movimento organizado por sindicatos e militância petista busca fazer contraponto aos atos anti-dilma marcados para o próximo dia 12; ex-presidente não participou no primeiro evento do tipo, em março

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Por e Carla Araujo
Atualização:

São Paulo - O Instituto Lula confirmou nesta segunda-feira, 30, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará nesta terça-feira, 31, do ato convocado por vários movimentos sociais e endossado pelo PT. A concentração deverá acontecer na quadra dos bancários, no centro da capital paulista, à noite.

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Na semana passada, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, divulgou um vídeo convocando “a militância e os amigos do PT” para o que chamou de “um grande agito” em diversas cidades do País. A exemplo do que ocorreu às vésperas dos protestos contra o governo Dilma Rousseff de 15 de março, o PT tem o apoio de algumas centrais sindicais, entre elas a Central Única dos Trabalhadores (CUT), e movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), para tentar contrapor uma nova manifestação anti-Dilma, marcada para 12 de abril.

Lula não participou dos atos do dia 13 de março, embora tenha sido convidado durante participação em um ato semelhante no Rio de Janeiro, em 24 de fevereiro. Na ocasião, na sede da Associação Brasileira de Imprensa, Lula discursou em defesa da Petrobrás e disse que a presidente Dilma Rousseff tinha que levantar a cabeça.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva Foto: MARCOS DE PAULA/ESTADÃO

Os protestos de 13 de março realizados pela CUT, MST e União Nacional dos Estudantes (UNE) em 23 Estados, a dois dias dos protestos contra o governo, foram marcados por uma defesa do governo da petista, discursos “contra a privatização” da Petrobrás e ataques a grupos que defendem o impeachment da presidente. 

Segundo Falcão, a manifestação do dia 31 terá praticamente as mesmas bandeiras. “Nós vamos nos mobilizar em todas as cidades, fazer pequenos atos, plenárias, panfletagem. PT na rua em defesa da democracia, da Petrobrás, dos direitos dos trabalhadores e contra a corrupção e (pela) reforma política”, afirmou o dirigente.

No vídeo, Falcão criticou aqueles que pedem intervenção militar e a volta da ditadura. “Vamos nessa. Democracia sempre mais, ditadura nunca mais”, afirmou. Dia 31 de março de 1964 marca o golpe que levou à ditadura militar no Brasil.

Nos atos pró-governo do dia 13, em São Paulo, participaram cerca de 12 mil pessoas, segundo a Polícia Militar - os organizadores falaram em 100 mil. Já os atos anti-Dilma do dia 15 reuniram na capital paulista 1 milhão de pessoas na conta da PM e 210 mil conforme o método do instituto Datafolha.

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