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Lula: governo não olha para pobres só em ano eleitoral

Por Fabiola Salvador
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula reforçou seu discurso político e disse hoje que o "governo não é o que enxerga os pequenos e pobres" apenas em ano eleitoral. Sua afirmação foi feita durante solenidade para inauguração do Centro de Estudos Estratégicos e Capacitação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Ele também disse que o Brasil se importa com a situação de outros países. "Não é uma nação mesquinha para cooperação internacional", disse ele, lembrando que o Brasil é parceiro para desenvolvimento do Oriente Médio ou América Latina.Lula também afirmou que o Brasil tem obrigação de "compartilhar os trunfos com os povos irmãos". Ele disse que, com poucas adaptações, a Embrapa pode gerar o desenvolvimento em países africanos. Lula defendeu que as responsabilidades do Brasil "transcendem as fronteiras nacionais". Para ele, essas questões serão tratadas pelo centro de estudos, inaugurado hoje.O presidente lembrou que mais de 200 milhões de pessoas padecem de fome crônica na África. As parcerias, disse, podem combater a desigualdade. Lula disse ainda que a Savana africana abrange 25 países, que têm características semelhantes ao Cerrado brasileiro. "Nossa tecnologia pode semear polo agrícola de potencial superior ao cerrado brasileiro", completou.O presidente Lula também criticou as nações e disse que "a humanidade sabe como produzir, mas não sabe repartir". Em seu discurso, o presidente lembrou que o Brasil terá a maior safra de grãos de sua história e que serão colhidas 147 milhões de toneladas. A produtividade das lavouras do Brasil cresceu muito nos últimos anos, mais do que em outros países como China, Austrália e Estados Unidos.Ele lembrou ainda que o Brasil é o terceiro maior exportador mundial de produtos agrícolas, atrás apenas dos Estados Unidos e da União Europeia que é, lembrou o presidente, um conjunto de países que formam uma grande economia. Lula brincou no início de seu discurso e disse que a Embrapa, que inventou tanta coisa, "poderia ter inventado algo para acabar com os mosquitos".

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