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Lula anuncia lançamento de ´PACzinho´ social no Chile

Presidente não deu detalhes sobre novo programa; prioridade ainda é o PAC, disse

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira, 26, em Santiago, que não vai interromper o diálogo com a oposição por causa do CPI do Apagão Aéreo nem das críticas do PT aos tucanos. Disse não ter medo de CPI e insistiu que o essencial é consolidar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Plano de Desenvolvimento da Educação. Prometeu, ainda, lançar um "PACzinho social" e outro "PACzinho da saúde". "Se alguns setores da oposição precisam de CPI para fazer o seu papel no Congresso, eu entendo isso como normal", disse Lula numa coletiva de imprensa realizada logo após a assinatura de acordos bilaterais entre Brasil e Chile, no Palácio de La Moneda. O presidente mencionou vários indicadores econômicos, como a queda dos juros e o aumento das reservas, para dizer, em tom irônico, que compreende as "razões" dos adversários. "Enquanto a oposição pensa em fazer CPI, eu vou pensando em construir o Brasil", disse Lula. "É assim que eu penso e não mudarei meu comportamento por causa de uma, duas, três, quatro ou cinco CPIs. Eu respeito a oposição e vou tratá-la como ela merece." Lula procurou amenizar a resolução do Diretório Nacional do PT, com críticas a seu governo. O documento destaca que o partido fará "firme oposição" aos governadores do PSDB. "A gente não pode secundarizar o prioritário. E o prioritário, nesse instante, é consolidar o PAC, o Plano de Desenvolvimento de Educação. Vamos lançar, também, um outro PACzinho de políticas sociais e outro PACzinho de saúde", observou. O PAC foi anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 22 de janeiro deste ano e prevê investimentos de R$ 503,9 bilhões até 2010 em infra-estrutura: estradas, portos, aeroportos, energia, habitação e saneamento. O objetivo é destravar a economia e garantir a meta de crescimento de 5%. O presidente não quis comentar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que por 11 votos a 0 determinou a instalação da CPI, alegando não ter o hábito de dar opinião sobre julgamentos. "Todo mundo sabe que CPI é um instrumento minoritário contra a minoria. Mas, se eu fui minoria por tanto tempo e pedi CPI contra os outros, por que haveria eu de ficar zangado com pedidos de CPI contra o governo?", perguntou. Texto ampliado às 18h21

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