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Lindbergh avisa PMDB que 2014 é a vez do PT no Rio

Após acordo para formação de chapa para reeleição do peemedebista Paes à prefeitura, senador anuncia intenção de disputar sucessão de Cabral

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Por Luciana Nunes Leal
Atualização:

RIO - Um dia depois de o PT e o PMDB firmarem um acordo para 2012, com a formação da chapa de reeleição do prefeito peemedebista Eduardo Paes e um petista candidato a vice, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) anunciou ontem a intenção de disputar a sucessão do governador Sérgio Cabral (PMDB), em 2014. O PT faz parte do governo de Cabral, que trabalhará pela eleição de seu vice, Luiz Fernando Pezão, também peemedebista.

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"Encerrado o ciclo Cabral, é natural minha candidatura", afirmou Lindbergh, em um intervalo da reunião do diretório nacional do PT. "O PT ter candidato próprio não significa que vamos desembarcar do governo ou vou atacar o governador Cabral. Vamos ter candidato independente do PMDB. Se o PMDB tiver o Pezão, teremos duas candidaturas da base (da presidente Dilma Rousseff)", afirmou Lindbergh.

Mais cedo, o ex-ministro José Dirceu já havia dito que o PT lançaria a candidatura de Lindbergh em 2014. Ex-prefeito de Nova Iguaçu, o senador tentou concorrer em 2010, mas acabou convencido a desistir da disputa e integrar a chapa de Cabral como candidato ao Senado. O petista, no entanto, não abandonou o plano de ser governador. "Em 2010, a prioridade era a eleição da Dilma. Em 2014, é o PT. Isso já vale na eleição de 2012. O Rio será uma das poucas grandes cidades onde não teremos candidatura própria", disse o senador.O acordo entre PT e PMDB em torno da reeleição de Paes foi fechado em jantar de dirigentes petistas com o prefeito e o vice-governador Pezão, na noite de quinta-feira.

Segundo os petistas presentes, Paes garantiu ao PT a candidatura a vice. O atual vice-prefeito, Carlos Alberto Muniz, é do PMDB. Assim, com o acordo feito com o PT, Paes terá de enfrentar a resistência de grupos do PMDB do Rio que insistiam em uma chapa exclusiva do partido.

O vereador Adilson Pires (PT), líder do prefeito na Câmara Municipal, também participou da reunião do diretório nacional ontem e disse que o nome do candidato a vice-prefeito será definido até a primeira semana de outubro, quando haverá o encontro do PT municipal.

Adilson é um dos postulantes à vaga. Os outros são o secretário municipal de Habitação, Jorge Bittar, o secretário estadual de Meio Ambiente, Carlos Minc, e o deputado estadual Gilberto Palmares. "Há uma decisão nossa de que não haverá disputa. Se não chegarmos a um nome até o fim de setembro, tomaremos uma decisão no encontro do PT da capital no primeiro fim de semana de outubro", afirmou Adilson.

Entre os petistas que participaram do jantar com Paes e Pezão, estavam o presidente nacional do partido, Rui Falcão, o líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP), o ministro da Pesca, Luiz Sérgio, e o secretário e ex-ministro do Meio Ambiente Carlos Minc. Ex-desafeto, quando era deputado do PSDB e participou da CPI do Mensalão, Paes passou a aliado preferencial do PT. "Fui apoiador de primeira hora do Eduardo Paes no Rio, tenho excelente relação com ele, o visito quando posso. Não fui ao jantar porque não fui convidado", brincou Dirceu, um dos principais alvos de ataques de Paes nos tempos de PSDB e de CPI.

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