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Líder do PT na Câmara diz que corte é mais gesto simbólico que financeiro

Sibá Machado comentou decisão de Dilma anunciada nessa segunda e afirmou que aliados devem exigir mais espaço no governo

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Por Daiene Cardoso
Atualização:

BRASÍLIA - O líder do PT na Câmara dos Deputados, Sibá Machado (AC), disse nesta segunda-feira, 24, que o anúncio da redução de ministérios é uma mensagem para a sociedade de que, dados os sinais ruins da economia, o governo está disposto a cortar a máquina. "É um gesto mais simbólico que financeiro", considerou.

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O petista evitou comentar sobre a disposição do partido de ceder espaço na Esplanada do Ministérios. No entanto, ele defendeu que, se houver o corte, que seja proporcional e "para todos". 

Ele reconheceu que haverá uma pressão maior para que o PT abra espaço para os partidos aliados. "É uma conta que, para fechar, vai precisar de muita conversa", comentou. 

Oposição. Partidos de oposição reagiram ao anúncio de redução de 10 ministérios com desconfiança. "Espero que seja para valer e não mais uma cortina de fumaça para iludir a sociedade e amenizar os efeitos da crise que atinge a presidente Dilma", afirmou em nota o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR).

Bueno lembrou que a medida já é cobrada há algum tempo pelos partidos de oposição, mas que é preciso fazer um corte real dos gastos, incluindo cargos, custos de diárias, aluguel de sedes e cartões corporativos. "É uma medida que já deveria ter sido tomada. Mas esse governo, que atua na base do fisiologismo, precisava dessa estrutura absurda para acomodar aliados. Agora, emparedada, a presidente Dilma resolveu ceder. Espero que não acabe como as promessas de campanha que viraram mentira", afirmou.

"Isso é mais um gesto de marquetagem política do governo do que propriamente uma ação concreta em busca de uma reforma administrativa verdadeira", concluiu o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE). O parlamentar disse que a redução de 10 pastas "é pouco", e que o corte deveria abranger pelo menos 15 ministérios.

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