Líder do governo admite ser 'muito difícil' reverter resultado em comissão do impeachment

Para Humberto Costa, mudança de voto no colegiado é pouco provável porque, segundo ele, integrantes foram escolhidos por líderes que já tinham posição; resultado favorável a Dilma no plenário não está descartado

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Por Ricardo Brito
Atualização:

BRASÍLIA - O líder do governo no Senado, Humberto Costa (PE), admitiu nesta segunda-feira, 2, ser “muito difícil” reverter a tendência de aprovação de um parecer favorável ao afastamento da presidente Dilma Rousseff na Comissão Especial de Impeachment da Casa. O petista, contudo, disse não ter desistido de conquistar no plenário um resultado favorável à presidente.

WILT9801.JPG BRASILIA BSB DF 02|05|2016 POLITICA - COMISSAO IMPEACHENT SENADO - A Comissao Especial de Impeachment do Senado ouve especialistas indicados pela oposição no processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff na quinta sessão realizada no Senado em Brasilia. NA FOTO Senador Humberto Costa FOTO: WILTON JUNIOR | ESTADÃO Foto:  

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“Não (jogamos a toalha). Vamos fazer uma disputa na comissão e vamos fazer uma disputa no plenário e eu estou muito confiante de que aqui no plenário nós podemos ter metade mais um dos presentes para evitar o impeachment”, respondeu Costa.

Para o líder governista, a mudança de voto na comissão – que deve votar o parecer do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) na sexta-feira, 6, é muito difícil porque os integrantes do colegiado foram escolhidos por líderes que já tinham posição.

Humberto Costa afirmou que, diante do que considera “enorme fragilidade” dos argumentos técnicos para tentar provar a existência do crime de responsabilidade pela presidente Dilma Rousseff, termina prevalecendo um debate político.

O petista reclamou que um dos expositores colocou de forma tal a discussão sobre impeachment como se fosse um procedimento banal. “Quando, na verdade, no sistema presidencialista, em que o chefe de Estado é o chefe de governo, o impeachment é usado em uma situação absolutamente excepcional”, criticou.

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