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Levy elogia Lula e diz que se sente confortável no governo

'As pessoas gostam de botar intenções nele, acham que ele faz isso e faz aquilo e esquecem as muitas coisas que ele fez', disse o ministro em referência à declaração do ex-presidente em entrevista ontem, quando afirmou que Levy é 'problema da presidente Dilma Rousseff'

Foto do author Altamiro Silva Junior
Por Altamiro Silva Junior (Broadcast) e correspondente
Atualização:

NOVA YORK - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, elogiou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e disse nesta quinta-feira, 19, a jornalistas que se sente confortável no governo. "Eu estou tranquilo. O importante são as políticas, fazer as coisas para acabar a obra", afirmou, destacando que o Brasil está em um momento de transição para enfrentar a nova realidade global.

Segundo Levy, se País conseguir chegar a um superávit de0,7% do PIB em 2016'a conta de juros vai cair' Foto: Dida Sampaio/Estadão

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"Todo mundo dizia que não ia ter aeroporto. O governo tomou as decisões, fez as concessões, passou uns meses em obra. Hoje, olha os aeroportos que o Brasil tem. Então é assim, hoje a gente trabalha, está nas obras, tem um bom arquiteto. No final vai ficar bacana", disse Levy. "Toda vez que você conserta as coisas e está em obra as coisas parecem bastante difíceis", disse. 

Questionado sobre a declaração de Lula ontem, de que Levy é "problema da presidente Dilma Rousseff", o ministro disse que vê a fala com "naturalidade". "Ele estava querendo dizer que ele tem os problemas dele e a presidente tem as questões dela. Isso me parece perfeitamente natural. As pessoas gostam de botar intenções nele, acham que ele faz isso e faz aquilo e esquecem as muitas coisas que ele fez", disse Levy, contando que teve a oportunidade de conviver com o ex-presidente em 2003. "Naquele época eu pensei, 'dinheiro muito bem gasto no Bolsa Família', e transformou o Brasil. Então, claramente, o presidente tem um registro de realizações extraordinárias e está cuidando das coisas dele", disse.

Perguntado se se sente confortável no governo, o ministro disse que "sim". Levy participou de uma reunião fechada com investidores e analistas em um evento promovido pelo Bradesco BBI, que reúne 68 empresas brasileiras e tem a participação de investidores institucionais dos Estados Unidos, Ásia, Brasil e Europa. Entre as empresas participantes estão a Vale, Cyrela, Klabin, Braskem e Sabesp.