Kátia Abreu diz que quer ser 'corresponsável' caso Dilma seja afastada por 'pedaladas'

Em evento para lançar Plano Safra, a ministra disse que pediu à presidente para investir na agricultura

Por Carla Araujo e Victor Martins
Atualização:
A presidente Dilma Rousseff e a ministra Kátia Abreudurante cerimônia de lançamento do Plano Agrícola e Pecuário 2016/2017 Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

BRASÍLIA - Amiga da presidente Dilma Rousseff, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB-TO), saiu novamente em defesa de Dilma durante o anúncio do Plano Safra na manhã desta quarta-feira, 4, e afirmou que as acusações que constam no processo de impeachment são infundadas. Kátia, que já havia participado da defesa da presidente na comissão especial no Senado, disse que, caso responsabilizem Dilma por conceder crédito ao agronegócio, ela quer ser "corresponsável".    "Muito me entristece ver as acusações a sua pessoa, de lutarem para tentar tomar o seu mandato", disse à presidente. Segundo a ministra, uma das razões que apontam para afastar Dilma é "por ter acreditado na agricultura brasileira". "Se isso for verdade e se isso se concretizar, quero ser corresponsável nesses atos porque foi eu que disse para que investisse na agricultura e teria resposta."   Kátia Abreu, que está na linha de frente de defesa da presidente, fez um balanço dos seis anos de governo da Dilma e em tom de despedida disse que tem muito orgulho de participar do governo. A ministra disse que os seres humanos têm o hábito de lembrar apenas do que não conseguiu e esquecem os feitos alcançados. "A presidente Dilma entregou aos produtores R$ 905 bilhões de crédito de custeio e investimento, um aumento de 102% em seis anos", afirmou.   A ministra citou outras ações da presidente e disse confiar e ter convicção de que Dilma vai deixar um importante legado para o Brasil e para a agricultura. "Popularidade vai e vem, mas a honra nunca mais volta", afirmou. "Tenho orgulho de ter a senhora como presidente do Brasil."

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