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Kátia Abreu diz que Janot manifestou apoio a trabalho da Comissão Extrateto

Relatora do colegiado que vai analisar salários que não respeitam o teto constitucional se reuniu nesta quinta com o procurador-geral da República

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Por Beatriz Bulla
Atualização:

BRASÍLIA - A relatora da comissão que vai analisar os salários que não respeitam o teto constitucional, senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), disse no início desta tarde que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apoiou o trabalho do grupo e se manifestou favorável ao fim dos pagamentos extrateto no funcionalismo público. "Gostei de uma frase da ministra Cármen Lúcia (Supremo Tribunal Federal) e do procurador-geral, idênticas: 'Teto é teto'. Ninguém pode passar do teto", disse a senadora, ao deixar o prédio da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Rodrigo Janot, procurador-geral da República Foto: André Dusek|Estadão

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Na quarta-feira, 16, Kátia Abreu se reuniu com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, e com a cúpula do Poder Judiciário, que também avalizou o trabalho da comissão, apesar da resistência de associações do meio jurídico que consideram que o trabalho do grupo é uma ofensiva articulada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), contra o Judiciário.

A senadora afirmou ter dito a Janot que o trabalho da comissão "não é uma caça às bruxas". "Nós estamos tentando fazer a nossa parte", disse.

"Foi uma reunião excepcional. Nós inicialmente iríamos visitar apenas os três Poderes (...), mas achamos por bem visitar o procurador-geral da República, o Ministério Público, que tem desempenhado um papel extraordinário pelo País", disse a senadora. "O procurador se colocou inteiramente à disposição. Muito feliz com a comissão. Acha que é mais do que necessário", afirmou Kátia Abreu.

A senadora elogiou a transparência do site do Ministério Público Federal e disse que Janot se comprometeu a verificar, por meio do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), se os Ministérios Públicos estaduais seguem o mesmo grau de transparência. Ele também garantiu que, na PGR, os salários estão dentro do teto constitucional, incluindo gratificações e bonificações.

Kátia Abreu afirmou que a comissão terá uma reunião interna na terça-feira, 22, para ajustar "questões importantes" da pauta. Para ela, o teto constitucional - atualmente no valor de R$ 33,7 mil - deve incluir não só salário, gratificações e benefícios, como também auxílios pagos.

Na quarta, a senadora também se reuniu com o presidente da República, Michel Temer, que, segundo a parlamentar, manifestou "total apoio" ao trabalho da comissão.

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