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Justiça Federal determina sequestro de apartamento de Cerveró no Rio

Juiz da Lava Jato aceitou nova denúncia da força-tarefa da Lava Jato contra ex-diretor da Petrobrás, acusado de utilizar o imóvel para lavar dinheiro de corrupção

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São Paulo - O juiz Sérgio Moro, que conduz as ações derivadas da Operação Lava Jato, acatou denúncia do Ministério Público Federal por lavagem de dinheiro contra o ex-diretor da Área Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró e determinou o sequestro de um apartamento no Rio de Janeiro que seria dele.

Cerveró passou imóveis para parentes com medo de ter bens bloqueados Foto: Dida Sampaio/Estadão

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De acordo com as investigações, Cerveró teria constituído no Uruguai, com ajuda do empresário local Oscar Algorta, também denunciado pelo MPF, a empresa offshore Jolmey, além de uma subsidiária dela no Brasil, por meio da qual teria comprado o imóvel, avaliado em R$ 7,5 milhões. O ex-diretor, então, teria simulado um contrato de aluguel do apartamento por valores abaixo do preço de mercado para justificar a ocupação do bem. 

Moro afirmou, na decisão, que, em janeiro deste ano, ao decretar a prisão preventiva do ex-diretor, já havia "consignado a presença de elementos que apontavam a aparente inconsistência da versão dos fatos apresentada por Nestor Cerveró para justificar a ocupação do imóvel."

Na terça, o Ministério Público Federal também ofereceu denúncia por lavagem de dinheiro contra Fernando Soares, apontado como operador do PMDB no esquema de desvios da Petrobrás, e contra os três citados por formação de quadrilha.

No documento desta quarta, Moro recebeu a denúncia contra Cerveró e Algorta por crime de lavagem de dinheiro, mas orientou o MPF a oferecer denúncia separada no caso de imputação por associação criminosa, já que ela não tem relação direta com a primeira e não se refere a Soares.

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