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Juízes entram com ação contra Renan no Conselho de Ética do Senado

Magistrados de quatro Estados protocolam documento para que colegiado avalie se houve quebra de decoro parlamentar nas recentes críticas do presidente do Senado ao Judiciário e ao ministro da Justiça

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Por Isabela Bonfim
Atualização:

BRASÍLIA - Cinco juízes protocolaram uma representação contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no Conselho de Ética. Os magistrados pedem que o colegiado avalie a possível quebra de decoro parlamentar nas recentes declarações com críticas ao Judiciário e ao ministro da Justiça. A ação é assinada por juízes de diferentes varas dos Estados de Pernambuco, Minas Gerais, Goiás e São Paulo. No documento, eles narram as frases ditas por Renan em entrevista coletiva na segunda-feira, 24, quando o senador chamou o magistrado que autorizou a operação da PF contra o Senado de "juizeco" e o ministro da Justiça, Alexandre Moraes, de "chefete de polícia". Eles argumentam que, com tais declarações, o presidente do Senado ofende não apenas a honra do juiz Vallisney de Souza e do ministro Moraes, mas os Poderes Judiciário e Executivo como um todo.Tramitação. A representação será avaliada pelo presidente do Conselho de Ética, João Alberto Souza (PMDB-MA), que decide monocraticamente se irá aceitá-la ou arquivá-la.

Em caso de aceite, uma reunião do conselho é agendada para que os demais senadores votem pela continuação ou encerramento do processo. Caso a representação seja arquivada, é possível fazer um recurso ao plenário do colegiado. João Alberto tem até cinco dias úteis para analisar a proposta.

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