Jucá nega atuação de Temer para atrair parlamentares para o PMDB

Em sua conta no Twitter, líder do governo chamou suposta articulação de 'fofoca' e pontuou que o DEM é aliado 'de primeira hora'

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Foto do author Julia Lindner
Por Thiago Faria , Julia Lindner e Daiene Cardoso
Atualização:

BRASÍLIA - O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), negou nesta terça-feira, 18, por meio do Twitter, que o partido esteja atuando para barrar a filiação de parlamentares ao DEM e atraí-los ao PMDB, partido que preside. O foco seriam deputados do PSB descontentes com o posicionamento da legenda contrária ao governo.

"O PMDB não está atuando para barrar nenhuma filiação ao DEM, até porque o DEM é aliado de primeira hora. Desminto a tentativa de intriga", disse Jucá.

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O presidente Michel Temer recebeu o deputado Danilo Forte (PSB-CE) no gabinete na segunda-feira, 17, e, nesta terça, 18, se encontrou novamente com ele e outros quatro deputados dissidentes do PSB, na casa da líder da agremiação na Câmara, Teresa Cristina (MS), para um café da manhã que durou uma hora e 30 minutos. A bancada tem 37 deputados e cinco senadores.

"Aproveito a oportunidade para esclarecer que o Presidente do Brasil não trata de filiações partidárias. A hora é de união e trabalho", afirmou Jucá na mensagem na rede social.

O partido também tem um ministro, de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho, que integra a ala insatisfeita com a legenda.

O presidente do PMDB, Romero Jucá (RR) Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

A ideia de atrair estes parlamentares do PSB é evitar a ampliação dos quadros do DEM, partido do primeiro da linha sucessória ao Palácio do Planalto, Rodrigo Maia (RJ). 

Articulação. Depois de ter recebido o deputado Danilo Forte (PSB-CE) no gabinete na segunda-feira, 17, nesta terça, 18, Temer se encontrou novamente com ele e outros quatro deputados dissidentes do PSB, na casa da líder da agremiação na Câmara, Teresa Cristina (MS), para um café da manhã que durou uma hora e 30 minutos. A bancada tem 37 deputados e cinco senadores.

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Esse movimento já havia surgido na semana passada, quando deputados e senadores do PSB começaram a agir em bloco, demonstrando o incômodo em permanecer na legenda por estarem votando contra orientação da sigla e a favor do governo.

Maia também passou a manhã desta terça-feira articulando. Ele recebeu um grupo de deputados do PSB, dentre eles Teresa Cristina (após o encontro com Temer). Danilo Forte (CE), que esteve presente no encontro na residência oficial do presidente da Câmara, disse que o convite para a reunião partiu do próprio presidente da Câmara para aos deputados do PSB descontentes com a direção nacional, que somam entre 16 e 18 parlamentares, para discutir a possível migração deles para o DEM. Nesta tarde, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, criticou a atuação de Temer nos bastidores. "Um presidente da República tratar de cooptação de deputado na casa de uma deputada não é propriamente uma agenda de presidente da República. É uma agenda de chefe de partido. Se fosse o Romero Jucá (presidente nacional do PMDB) a gente até compreenderia", disse. "Ele (Temer) não saiu da presidencia do PMDB. Confunde a presidência da República com a presidência do PMDB", completou./ COLABOROU VALMAR HUPSEL FILHO

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