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Jucá diz que governo não está preocupado com denúncia contra Temer e ministros

Otimista, o líder do governo no Senado lembrou índices econômicos; peemedebista também é alvo de investigações na Lava Jato

Por Fernando Nakagawa e Carla Araujo
Atualização:

BRASÍLIA - O líder governista no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse nesta terça-feira, 26, que o governo "não está preocupado" com a segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Michel Temer, que está sendo lida na Câmara dos Deputados. "Todo dia tem fato novo como esse aqui. A bolsa bateu recorde, os juros estão caindo", disse Jucá após a cerimônia de lançamento de um programa que ofertará até R$ 3 bilhões por ano para microcrédito a famílias de baixa renda.

+ AO VIVO: Veja a leitura da denúncia no plenário da Câmara

Para Jucá, que também é alvo de investigações, os "fatos novos" como a queda do juro e o recorde da bolsa são resultados "da seriedade do governo" Temer. "Se há especulação, flechada e baixaria, o Congresso é que tratará tudo isso", disse no Palácio do Planalto. 

O senador Romero Juca (PMDB-RR) Foto: Rafael Arbex/Estadão

O líder do governo no Senado disse também, nesta terça-feira, que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, é um "excelente nome" para a disputa das eleições presidenciais de 2018. Eventual escolha do político goiano como candidato do governo, porém, terá de ser tomada por todos os partidos da base, disse Jucá. O líder do governo no Senado falou sobre as eleições de 2018 após analisar a popularidade de Michel Temer. Segundo o senador, o presidente tem reduzida popularidade, mas será reconhecido no futuro. "No final, ele será extremamente reconhecido. Vamos discutir os resultados econômicos no próximo ano e vocês verão a diferença", disse. Diante dessa análise, Jucá foi questionado se o reconhecimento econômico poderia ajudar Henrique Meirelles como eventual candidato em 2018. "O ministro Meirelles é um dos nomes que está sendo colocado e é um nome pertinente. É um excelente quadro", disse Jucá após cerimônia de lançamento do programa "Progredir" que ofertará R$ 3 bilhões anuais para o microcrédito. "Mas é claro que isso será discutido entre todos os partidos da base", completou o senador. Perguntado se o filiado do PSD também seria um excelente nome para o PMDB de Jucá e do presidente Michel Temer, o senador respondeu que "ele é um bom nome para qualquer partido". Ainda sobre as eleições, Jucá voltou a afirmar que não tem diferenças com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O senador disse que o deputado está "mal informado" quando levanta hipótese de que o PMDB estaria atraindo nomes do DEM. "A vinda de Fernando Bezerra para o PMDB já estava acertada", disse, ao comentar a formação de chapa em Pernambuco. Sobre o fundo eleitoral, Jucá disse que R$ 2 bilhões "não é demais para se ter a democracia no Brasil". O líder do governo comentou que não defende o fim do horário eleitoral gratuito porque, se isso terminar, "só partidos ricos" terão acesso à exposição na televisão.