José Agripino cita Constituição e diz que impeachment não é golpe

Senador é o primeiro a citar situação fiscal das empresas estatais

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Por Rachel Gamarski , Bernardo Caram , Luciana Nunes Leal e Valmar Hupsel Filho
Atualização:
Agripino afirma que "o governo perdeu o controle da economia, se habitou à gastança". Ainda segundo ele, a equipe do PT não percebeu que o País "quebrou" e continuou com a gastança. "Ainda imundiçaram a Petrobrás, que era uma empresa modelo, por ordem de corrupção e má gestão. Hoje é a empresa mais endividada no mundo." O senador do DEM-RN diz que vai votar, "com toda a consciência, a favor do impeachment" Foto: Wilton Junior/Estadão

BRASÍLIA - O senador José Agripino (DEM-RN) foi mais um a criticar as contas do governo da presidente Dilma Rousseff e ressaltou que é a favor da abertura do processo de impeachment pelo Senado Federal. “Esse é um governo que se habituou à gastança”, afirmou, antes de dizer que, “além das pedaladas, que tiveram motivação, acabaram com a Petrobrás. Agripino citou a Constituição e disse que impeachment não é golpe. O senador foi o 19º a se pronunciar na tribuna do plenário do Senado. O senador foi o primeiro a mencionar a situação fiscal das empresas estatais como a Petrobrás e a Eletrobrás. “Passada a eleição, apareceu a famigerada bandeira-vermelha, pior do que o racionamento. Não houve racionamento porque tivemos recessão”, destacou. No fim de sua fala, Agripino repetiu que irá votar “com toda a consciência por razões de ordem legal e política”. “Se tivéssemos um regime parlamentarista, o voto de desconfiança já teria sido dado há muito tempo. Esse governo não governa mais”, frisou. Ele classificou ainda que o governo do vice-presidente Michel Temer será de emergência e com melhores condições do que o atual. “Mas conta com o apoio de partidos políticos que têm compromisso com a sociedade”, disse. 

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