Janot é contra arquivamento de inquérito contra Temer

Procurador-geral da República alega ser impossível fazer avaliação antes da conclusão das investigações da Polícia Federal

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Por Breno Pires e Isadora Peron
Atualização:

BRASÍLIA - A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou nesta segunda-feira, 19, contra um pedido de arquivamento de inquérito feito pela defesa do presidente Michel Temer, que alegou não haver indícios mínimos necessários para que possa vir a ser feita uma denúncia contra o peemedebista. O procurador-geral, Rodrigo Janot, afirmou que é impossível fazer qualquer avaliação — seja pelo oferecimento de denúncia, seja pelo arquivamento — antes da conclusão das investigações por parte da Polícia Federal.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

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A manifestação da PGR chegou antes de a PF devolver os autos ao Supremo Tribunal Federal prestando informações e solicitando ampliação do prazo para a conclusão das investigações.

Janot até menciona que “os autos do inquérito ainda não aportaram a este Tribunal” e diz que “a Procuradoria-Geral da República aguardará o recebimento das peças de informação para analisá-las, juntamente com os argumentos aqui expendidos”.

O procurador-geral destaca que terá um prazo de 5 dias para oferecer a denúncia ou para pedir arquivamento, de acordo com regimento interno do STF, a partir do recebimento da peça informativa encaminhada pela autoridade policial.

Conforme o Estado publicou na quinta-feira, 15, Rodrigo Janot oferecerá denúncia antes do fim do relatório da PF caso entenda que há risco de a prisão de Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor de Temer que é alvo da mesma investigação, perder a validade, devido à conclusão do prazo para o inquérito quando há investigado preso. Mas a intenção é aguardar mesmo o final da investigação pela PF.

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