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Irregularidades apontadas pelo TCU em contas de 2015 incluem recursos da Infraero e do DPVAT

Segundo o ministro relator do processo no TCU José Múcio, R$ 518 milhões da Infraero deveriam, por lei, ser repassados diretamente para o Fundo Nacional de Aviação Civil

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Foto do author André Borges
Foto do author Eduardo Rodrigues
Por André Borges e Eduardo Rodrigues
Atualização:

BRASÍLIA – As duas dúzias de irregularidades que o Tribunal de Contas da União apontou em seu relatório de análise das contas do governo Dilma Rousseff em 2015 incluem ações tomadas pela Infraero, por conta de rombos em seu orçamento no ano passado.

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Segundo o ministro relator do processo no TCU José Múcio nesta quarta-feira, 15, a estatal responsável pelos aeroportos públicos federais revê R$ 518 milhões em 2015, para quitação de suas dívidas, quando esse recurso deveria, por lei, ser repassado diretamente para o Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac).

Múcio disse que o caso será estudado em profundidade, em um processo específico. Em sua defesa, a Infraero alegou que atrasos de repasses da União para seu orçamento motivaram a medida.

O ministro José Múcio Monteiro, do TCU Foto: Beto Barata/Estadão

A transação integra a lista de 24 irregularidades graves que técnicos do TCU e o Ministério Público junto ao tribunal apontaram em análise das contas do governo de 2015. O órgão também acusa um calote de R$ 89,7 milhões no repasse do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores (DPVAT), destinado ao Fundo Nacional de Saúde.

Apesar de abrir prazo para a presidente afastada Dilma Rousseff tente justificar cada um dos apontamentos, para só depois apresentar seu voto conclusivo, o ministro José Múcio deixou clara a sua posição de reprovação das contas.

Segundo Múcio, a gestão de 2015 repete irregularidades cometidas em 2014, as quais justificaram a reprovação, por unanimidade, das contas do governo. O tema é acompanhado com lupa pelo Congresso porque, basicamente, são os argumentos usados para embasar o processo de impeachment de Dilma.

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