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Instituto Sensus indica empate técnico entre José Serra e Dilma Rousseff

No cenário com 11 candidatos na lista apresentada aos entrevistados, Dilma alcança 36% e Serra chega a 33%; em cenário sem nanicos, tucano tem 38% contra 37%

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Por Redação
Atualização:

Dois cenários pesquisados pelo instituto Sensus revelam empate técnico entre os presidenciáveis José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT). O levantamento, encomendado pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), foi feito entre 10 e 14 de maio, período que coincidiu com a exposição da petista na propaganda partidária em rede de rádio e TV.

 

Os números foram divulgados dois dias depois que o Vox Populi mostrou Dilma com 38% e Serra com 35%, em pesquisa contratada pela TV Bandeirantes.

 

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No cenário do Sensus em que aparecem 11 candidatos na lista apresentada aos entrevistados, Dilma tem 36% e Serra, 33%. Sem os chamados "nanicos" na lista, porém, o tucano passa para 38%, e a petista fica com 37%.

 

Evolução. O quadro que inclui apenas Serra, Dilma e Marina Silva (PV) é o único presente em pesquisas anteriores do Sensus ? é, portanto, o que permite comparações e revela a evolução dos candidatos ao longo do tempo.

 

Em relação ao início de abril, quando o Sensus divulgou pesquisa contratada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Pesada, Dilma subiu três pontos, e Serra oscilou um ponto para cima.

 

A petista ampliou de 16 para 20 pontos porcentuais sua vantagem no Nordeste ? a única região em que lidera, por 50% a 29%?, mas perdeu fôlego no Sul, onde caiu nove pontos. No Sudeste, ela subiu nove pontos ? não o bastante para alcançar Serra, que vence por 40% a 33%.

 

O tucano abriu 13 pontos de vantagem no Norte/Centro-Oeste (45% a 32%), área em que estava em situação de empate técnico há pouco mais de um mês. No Sul, Serra lidera por 41% a 30%. Em abril, o Sensus havia apontado empate técnico na região, um resultado que destoou dos demais institutos. Em janeiro, o mesmo Sensus dava ao tucano 26 pontos de vantagem no Sul.

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Dilma assumiu a liderança isolada na pesquisa espontânea, na qual os eleitores citam suas preferências antes mesmo de ler a lista de candidatos. A petista, mencionada por 20% dos entrevistados, ficou com 6 pontos porcentuais a mais do que Serra. Em abril, eles estavam empatados tecnicamente, com 16% e 14%, respectivamente.

 

Critérios. O Sensus perguntou aos entrevistados se, ao votar, levarão mais em conta "os benefícios econômicos e sociais gerados no governo Lula" (44%) ou "a comparação do currículo e da experiência administrativa dos candidatos" (35%).

 

A tônica do discurso petista tem sido a exaltação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva e a promessa de continuidade com Dilma. Já os tucanos apostam na comparação das biografias dos candidatos ? Serra já foi ministro, deputado, senador, prefeito e governador, enquanto sua rival nunca exerceu cargo eletivo.

Apesar do discurso do presidente e da propaganda do PT, pouco mais da metade do eleitorado (55%) relaciona Dilma à continuidade do atual governo  26% citam Serra como o candidato que manteria as políticas econômicas e sociais.

 

Outro debate entre PT e PSDB diz respeito aos méritos pelas conquistas do País nos campos econômico e social ? os tucanos dizem que há uma linha de continuidade entre diversos governos, enquanto os petistas destacam apenas o papel de Lula no processo.

 

Segundo o Sensus, 57% dos eleitores creditam os "atuais benefícios econômicos e sociais" ao atual presidente, e 17% os relacionam ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Para 16%, ambos têm méritos no processo.

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