Grupos adiam ato pró-impeachment

Movimento Brasil Livre e Nas Ruas optam por protestar mais perto da votação no Senado; Vem Pra Rua mantém protesto no domingo, 31; frentes em defesa do mandato de Dilma mantêm manifestações no mesmo dia

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Foto do author Pedro  Venceslau
Por Pedro Venceslau e Valmar Hupsel Filho
Atualização:

Os principais grupos que organizam manifestações de rua a favor do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff se dividiram em relação à realização do próximo ato, marcado para o domingo, 31, em diversas cidades brasileiras. Em São Paulo, o protesto deve ocorrer na Avenida Paulista.

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Enquanto os grupos Movimento Brasil Livre e Nas Ruas optaram por adiar o protesto para agosto, em uma data mais próxima à votação do impeachment no Senado, o Vem Pra Rua preferiu manter a data inicialmente marcada. 

Em nota, o Vem Pra Rua afirmou que haverá atos em pelo menos 175 cidades. O grupo resumiu suas reivindicações em cinco itens: defendem o impeachment definitivo de Dilma; manifestam apoio à Operação Lava Jato; pedem a aprovação do projeto das 10 medidas contra a corrupção proposto pelo Ministério Público Federal; querem a prisão de políticos corruptos; a renovação política e o fim do foro privilegiado. 

Um dos coordenadores nacionais do MBL, Kim Kataguiri, afirmou que o adiamento da participação do grupo foi decidido pela baixa adesão dos seguidores ao protesto e por ele estar marcado em data muito distante da votação no Senado. “A mobilização não estava boa”, admitiu. O estudante de Direito disse que as coordenações estaduais do MBL foram informadas do adiamento da participação do grupo no dia 31, mas foram liberadas para organizar atos locais se assim quiserem. 

O líder do Movimento Brasil Livre, Kim Kataguiri Foto: Nilton Fukuda|Estadão

Racha. O grupo não marcou data para uma próxima manifestação na Avenida Paulista. Ainda assim, Kataguiri nega que haja um racha entre os movimentos pró-impeachment. “Já houve outras ocasiões em que fizemos atos sem a adesão de outros grupos, como o Vem Pra Rua”, disse ele, citando como exemplos a marcha a pé a Brasília e acampamentos em frente ao Congresso Nacional.

Apoio. Já as manifestações em defesa do mandato da presidente afastada Dilma Rousseff e com o lema “Fora Temer”, também marcadas para o domingo,estão mantidas em diversas cidades brasileiras. Organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que congregam mais de 40 entidades ligadas a movimentos sociais e sindicatos de trabalhadores, os atos devem ocorrer em ao menos 16 capitais.

Em São Paulo, o manifesto está marcado para as 14 horas no Largo da Batata, em Pinheiros, na zona oeste. Os manifestantes também irão às ruas pela garantia dos direitos trabalhistas e contra o que chamam de retrocessos propostos pelo governo interino, além da defesa da reforma política.

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