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Graça Foster refuta alegações de advogado de Cerveró sobre seus bens

Em nota divulgada pela Petrobrás, estatal informa que já prestou todas as informações ao TCU sobre as movimentações patrimoniais da presidente da empresa

Por Antonio Pita
Atualização:
A presidente da Petrobrás, Graça Foster se pronunciou nesta quarta-feira, 14, por meio de nota Foto: Marcos Arcoverde/Estadão

Rio - A presidente da Petrobrás, Graça Foster, rebateu nesta quarta-feira, 14, a defesa do ex-diretor da estatal, Nestor Cerveró, que afirmou nesta manhã que a executiva também deveria ser presa por movimentações ilegais de patrimônio. Em nota encaminhada pela assessoria de imprensa da estatal, a Petrobrás informou que "refuta veementemente" as alegações de que as transações patrimoniais de Graça Foster tenham sido "indevidas". 

"A Petrobrás reafirma que já prestou, em 21/08/2014, todas as informações ao Tribunal de Contas da União sobre as movimentações patrimoniais da Presidente Graça Foster e que elas foram realizadas em obediência à Legislação", informou a estatal, em nota.

A estatal também informou que a prisão preventiva de Nestor Cerveró foi feita "em razão da sua prática continuada de ocultação e dissimulação de bens e direitos (valores e imóveis para familiares), visando frustrar a aplicação da lei penal na ação judicial em que é réu, relacionada aos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro".

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Cerveró foi preso na madrugada desta quarta-feira ao desembarcar no aeroporto do Galeão, no Rio. Seu advogado classificou a prisão de "arbitrária e ilegal". A prisão foi requerida pelo Ministério Público Federal após ter identificado "fortes indícios" de que o ex-diretor tenha feito transações financeiras irregulares para familiares, além de movimentação patrimonial "em valores nitidamente subfaturados".

Em junho, o ex-diretor teria doado a parentes três imóveis em Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro. As transferências ocorreram no curso das investigações do TCU sobre os prejuízos causados com a compra da refinaria de Pasadena. Pouco mais de um mês após a movimentação, o Tribunal decretou o bloqueio de bens do ex-diretor.

"Se é crime para Nestor, é para Graça. Se o Ministério Público Federal pediu prisão para o Nestor por esse fato, deveria pedir para a Graça. Se não o fez, então está prevaricando", afirmou Edson Ribeiro, advogado de defesa do ex-diretor.

Graça Foster também realizou doações de imóveis a familiares, em março, um dia após o

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Estado

publicar o posicionamento da presidente Dilma Rousseff sobre a compra da refinaria de Pasadena, no Texas. No posicionamento, a presidente confirmava ter dado aval à compra da refinaria, que causou prejuízo de cerca de US$ 1 bilhão à estatal, segundo o TCU. Dilma justificou o voto argumentando que se baseou em relatório "falho e incompleto", elaborado por Cerveró.

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