Governo monta 9 palanques em 5 Estados para exaltar Dilma

Em uma das cerimônias de entrega de unidades do Minha Casa Minha Vida, o governador Geraldo Alckmin foi vaiado duas vezes pela plateia

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Foto do author Francisco Carlos de Assis
Por Pedro Venceslau , Mateus Fagundes e Francisco Carlos de Assis (Broadcast)
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Atualizado às 14h

INDAIATUBA - Um dia depois de ser vaiada pela oposição na Câmara dos Deputados ao defender o pacote de ajuste fiscal no retorno do Congresso ao trabalho depois do recesso, a presidente Dilma Rousseff participou na manhã desta quarta-feira (3) de uma solenidade oficial formatada para ser um ato de apoio a sua gestão.

A presidente Dilma Rousseff e o governador Geraldo Alckmin Foto: Werther Santana/Estadão

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O Palácio do Planalto montou palanques em 9 cidades de 5 estados e distribuiu 7 ministros entre eles para anunciar, simultaneamente, a entrega de 7.480 moradias do programa Minha Casa, Minha Vida. Os ministros que participaram dos eventos foram Carlos Gabas, da Previdência, Nilma Lino, da Igualdade Racial, Teresa Campelo, Desenvolvimento Social, Aldo Rebelo, Defesa, André Figueiredo, Comunicação, e Miguel Rosseto, do Trabalho. O evento contou com a presença de cerca de 6 mil pessoas. 

O local escolhido por Dilma foi Indaiatuba, no interior de São Paulo, onde ela subiu ao palanque ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que foi vaiado duas vezes pela plateia. Quando ela chegou ao local, foi saudada com gritos de apoio por um claque. Locutores transmitiram as solenidades de entrega de chaves ao vivo e disputaram para ver quem dava o "bom dia" mais alto e conseguia o maior volume de palmas para Dilma, que assistia a cena em um telão ao lado de Alckmin.

Em Salvador, a presidente da Caixa, Miriam Belchior, que falou ao lado do prefeito, ACM Neto (DEM), ressaltou que o programa habitacional foi criado por Dilma "junto com o presidente Lula". Em um discurso que durou 27 minutos, Dilma usou a maior parte do tempo para alertar a população sobre o zika vírus e exaltar as ações do governo para combater o mosquito que transmite também a dengue e a chikungunya.

"Estamos buscando incansavelmente criar uma vacina. Falei pessoalmente com o presidente Obama sobre isso", afirmou. Em outro trecho de sua fala, Dilma falou que o governo não irá "retroceder" nos programas sociais. "Nós de maneira alguma cortamos programas sociais. Fizemos um esforço imenso para manter o Minha Casa, Minha Vida". A presidente também afirmou que pretende fechar em março a terceira fase do programa e que 2 milhões de moradias serão entregues até 2018. "Esse é o maior programa habitacional da América Latina, só não é maior que o da China".

Parceria. Dilma destacou ainda a parceria com o Governo do Estado de São Paulo para a construção das casas do programa.

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Dilma participa do evento ao lado do governador Geraldo Alckmin, que minutos antes fora vaiado pelos populares presentes ao receber a palavra para discursar. “E a merenda, Alckmin?”, gritavam, em referência às denúncias de suposta fraude da merenda escolar em São Paulo.

A presidente entrega nesta quarta-feira 7.840 unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida por meio de transmissão simultânea em nove cidades de cinco Estados. Foram beneficiadas 31 mil pessoas em Itu (SP), Indaiatuba (SP), Jundiaí (SP), Salvador (BA), Camaçari (BA), Luiz Eduardo Magalhães (BA), Caucaia (CE), Timon (MA) e Campo Mourão (PR).

Os empreendimentos são destinados a famílias com renda de até R$ 1,6 mil. Dilma falou de Indaiatuba, onde foram entregues 2.048 casas populares, com investimentos de R$ 194,9 milhões.

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