Gleisi rebate críticas de FHC sobre a condução da economia pelo PT

Ex-ministra da Casa Civil subiu na tribuna do Senado para rebater críticas de tucano durante as comemorações de 20 anos do Plano Real

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Por Débora Alvares
Atualização:

Brasília - A senadora e ex-ministra da Casa Civil da Presidência da República Gleisi Hoffmann (PT-PR) subiu nesta terça-feira, 24, mais uma vez à tribuna do Senado para defender o governo. Ela revidou declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que, em pronunciamento na solenidade que comemorou os 20 anos do Plano Real, atacou a condução da economia durante os governo Lula e Dilma.

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FHC disse ter procurado Lula para pedir apoio à instalação do Plano Real, o que teria sido negado pelo petista. "Não cabe à oposição, ou não cabe à situação, a um governo, solicitar apoio à oposição para os seus planos, para os seus projetos, para as suas ações", destacou a ex-ministra. À época, Fernando Henrique era ministro da Fazenda do governo de Itamar Franco.

Gleisi classificou a afirmação de FHC sobre Lula como uma "tentativa de desmerecimento". "O maior apoio que o presidente Lula e que o PT poderiam dar ao Real foi dado por eles nove anos depois, quando assumiram este País, reafirmando os pressupostos da estabilidade macroeconômica.

A senadora disse ainda que o ex-presidente tucano entregou o País "em condições tão adversas como as que tinha enfrentado" quando implantou o Real. "Coube àquela oposição, ao presidente Lula, ao PT, reconduzi-lo e garantir a estabilidade macroeconômica brasileira".

Ela defendeu os rumos traçados pelo governo Lula no campo econômico. "Tivemos que aumentar o primário, sim. Tivemos de fazer ajustes nos juros para mostrar que este País tinha condições de coordenar as suas contas".

Gleisi aproveitou para atacar o projeto de lei de iniciativa do pré-candidato do PSDB à presidência, o senador Aécio Neves (MG), que pretende transformar o Bolsa Família em um programa de Estado. "Não fizemos nenhum discurso para tentar se apropriar do plano; tão somente fizemos o que tinha de ser feito."

Em um momento que o País corre o risco de ter a nota rebaixada pelas agências de classificação de risco, a senadora petista destacou que o Brasil está entre "os maiores destinos de investimentos diretos". "Resguardando todos os pressupostos da macroeconomia, ousamos investir e fazer políticas sociais para melhorar a vida do nosso povo".

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