Gilmar vê 'bizarrices' em denúncia contra Renan

Ministro do STF critica investigação apresentada pela Procuradoria em 2013

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Por Julia Lindner , Rafael Moraes Moura e Breno Pires
Atualização:
Sessão plenária do STF Foto: Carlos Humberto|STF

BRASÍLIA - O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), questionou a qualidade da denúncia contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em análise na Corte nesta quinta-feira, 1, pelos crimes de peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso. Gilmar criticou as investigações da Procuradoria-Geral da República, que, segundo ele, foi apresentada com diversas "bizarrices". Gilmar, que ainda não votou, afirmou que há muitas falhas na investigação, que iniciou em 2007 e terminou em 2011. A denúncia só foi apresentada em 2013. "Veja quanto tempo para termos tantas dúvidas agora enunciadas, com perícias que foram feitas e tudo o mais", disse. "Não se verifica nota fiscal, não se verifica o serviço se o serviço foi prestado. Sete anos não foram suficientes para que isso fosse feito", criticou Gilmar. Ele disse que muitas vezes se pede inquérito de pessoas sem "justa causa". "Recentemente tive um caso em que houve um pedido de prorrogação do prazo por 60 dias, mas os autos ficaram 90 dias na Procuradoria, para manifestar-se sobre a prorrogação. É esse o quadro que se vive. Mas nesse caso não estamos falando de 90 dias, estamos falando de algo que levou 7 anos para se oferecer a denúncia com todas essas bizarrices. 

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