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Futuro líder do PT na Câmara condena críticas do partido a Campos

Deputado Vicente Paulo da Silva (SP) afirmou que sigla não pode 'fechar portas' com antigo aliado

Por Daiene Cardoso
Atualização:

Brasília - O futuro líder do PT na Câmara dos Deputados, Vicente Paulo da Silva (SP), o Vicentinho, condenou nesta quarta-feira, 8, as críticas do partido ao governador de Pernambuco e possível candidato do PSB à sucessão presidencial, Eduardo Campos. "Eu não faria isso. Temos de ter uma postura respeitosa com aliados e ex-aliados", resumiu o deputado.

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Para Vicentinho, o PSB foi leal ao governo enquanto esteve na base aliada e o PT não pode fazer críticas que "fechem portas" com o antigo aliado. "Só acho que ele (Campos) não teve paciência. Ele poderia ser o nosso candidato em 2018. Ele pode estar cometendo um grave erro", avaliou.

Em texto publicado no Facebook do PT nacional na terça-feira, 7, os petistas chamaram o presidenciável de "tolo", "playboy mimado" e candidato "sem projeto, sem conteúdo e sem compostura política" para concorrer à Presidência da República. O governador reagiu ao artigo nesta quarta e disse que se tratava de um "ataque covarde". "Enquanto os cães ladram, a nossa caravana passa", respondeu.

João Paulo Cunha. Vicentinho, que deve suceder o líder José Guimarães (CE) em fevereiro, foi a Brasília para se encontrar com o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), que aguarda a expedição do mandado de prisão para iniciar o cumprimento de sua pena de 6 anos e 4 meses por corrupção passiva e peculato no julgamento do mensalão.

Enquanto alguns petistas insistem que Cunha deve renunciar ao mandato de deputado federal assim que for preso, Vicentinho evitou opinar sobre a questão. Na opinião do futuro líder da bancada na Câmara, este momento deve ser para manifestar solidariedade ao condenado no processo do Mensalão. "(A situação dele) é uma coisa torturante", classificou.

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