RIO - Em "ato de defesa da Petrobrás", estatal atingida pelas investigações da Operação Lava Jato, e também contra as manifestações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff marcadas para este domingo, 15, petroleiros estão reunidos desde as 6h desta sexta-feira, 13, diante da refinaria de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Eles impedem a entrada de trabalhadores no local.
Cerca de 150 manifestantes concentraram-se na frente do portão principal da planta, às margens da Rodovia Washington Luís. O objetivo é impedir que os cerca de 500 empregados que iniciariam o trabalho de manhã, substituindo os colegas do turno da noite, iniciem nova jornada de trabalho. O movimento é liderado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pelo Sindicato dos Petroleiros de Duque de Caxias (Sindipetro-DC). Como o turno anterior permanece na refinaria trabalhando, não há perspectiva de que o ato atrapalhe a produção de combustíveis, segundo o presidente do sindicato, Simão Zanardi.
Os manifestantes vão bloquear a entrada da Reduc até as 9h. Eles contam com o apoio de integrantes do Movimento dos Sem-Terra, de pequenos agricultores locais e de estudantes. O protesto faz parte da série de atos programados pela CUT para ocorrer nesta sexta em todo o Brasil.
"O nosso movimento é pela democracia. Fazemos parte de um grupo de cinco milhões de pessoas que vão para a rua nesta sexta-feira defender a democracia conquistada na década de 80, da qual não abrimos mão", afirmou Zanardi. Ele disse ainda que a mobilização, além da defesa da Petrobrás, é pelos direitos dos trabalhadores da estatal e pela convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte.