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Filho de Lula aciona STF para deputado que o chamou de milionário

Domingos Sávio (PSDB-MG) acusou filho do ex-presidente de estar comprando "milhares" de fazendas toda semana e foi acionado no Supremo por calúnia, injúria e difamação

Por José Roberto Castro
Atualização:

Brasília - Fábio Luis Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, entrou na Justiça contra o deputado mineiro Domingos Sávio (PSDB). A ação no Supremo Tribunal Federal visa apurar a prática de injúria, calúnia e difamação contra o filho do ex-presidente. Em entrevista a um programa de rádio, o tucano disse que Lulinha "é um dos homens mais ricos do Brasil". "O homem está comprando fazendas de milhares e milhares de hectares, é toda semana. (...) E ficou rico do dia para a noite, assim como num passe de mágica. Rico, fruto da roubalheira que virou este País", disse o deputado ao programa de rádio. Fábio Luís Lula da Silva afirma que as informações, além de ofensivas, são mentirosas. Ele alega que não é proprietário de nenhuma fazenda e não tem negócios relacionados à agricultura. "Fábio também jamais se beneficiou de qualquer ato irregular ou ilegal e tampouco tornou-se um dos ''homens mais ricos do Brasil''", diz a nota divulgada pelo Instituto Lula. Na interpelação criminal, Lulinha alega que "esses ataques à honra vêm ferindo sua reputação e prejudicando sua imagem". O documento cita ainda outras ações movidas pelo filho de Lula por comentários do mesmo tipo, como o de um usuário do Twitter que disse que ele era o dono de um frigorífico. "A despeito das providências já adotadas, algumas pessoas insistem na prática dessas condutas que, em tese, tangenciam o ilícito penal", diz o documento. "Pretende-se, no caso, tão somente que o deputado confirme, desminta ou esclareça a informação ofensiva que lhe fora atribuída", diz a interpelação. A nota divulgada à imprensa pelo Instituto Lula pede uma retratação do deputado tucano. A assessoria do deputado Domingos Sávio confirma as declarações e diz que ele vai se pronunciar ainda nesta quarta-feira, 18, quando terminar a fala do ministro da Educação, Cid Gomes, no plenário da Câmara.

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