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FHC lamenta racha tucano e não descarta fusão com DEM

Ex-presidente admite que ‘existem propostas’ para criar PSDB/Democratas e faz apelo à unidade e coesão de oposicionistas

Por Gabriel Manzano
Atualização:

SÃO PAULO - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso admitiu nesta terça-feira, 26, que "existem propostas" em andamento para a fusão entre o PSDB e o DEM, mas acrescentou que não sabe "qual a tendência, se vai ou não ser feita" essa fusão. Foi o primeiro dirigente importante, entre os tucanos, a tocar no assunto sem descartar automaticamente a ideia.

 

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A frase foi dita durante debate realizado no Instituto FHC sobre a situação política na Venezuela, da qual participaram vários líderes da oposição ao governo Hugo Chávez.

 

As propostas sobre fusão, segundo o ex-presidente, têm "aspectos delicados". Para ele, "mais importante é manter a coesão dos partidos". A propósito, considerou "lamentável" a saída do secretário Walter Feldman do PSDB e fez um "apelo à unidade" entre os oposicionistas. "Ninguém pode pregar a democracia se não a praticar internamente", disse ainda. Condenou o que chama de ‘falta de aceitação da diversidade" (na oposição) e afirmou: "Divergências entre pessoas são normais, o que não é normal é a ruptura".

 

"É lamentável a saída de qualquer pessoa, sobretudo uma pessoa importante", avaliou, sem mencionar nomes. "Dentro de um partido é preciso se aprender a conviver com a diversidade, tem de haver pluralidade interna". E repetiu seu apelo à união: "Faço até um apelo ao partido: temos de nos esforçar para continuar unidos".

 

Deu como exemplo o grupo de palestrantes venezuelanos, entre os quais a deputada Maria Corina Machado. "Me surpreendeu a convicção deles", observou. Sobre as relações de seu governo com Hugo Chávez, afirmou que "poderia ter sido um pouco mais efetivo". Mas lembrou que Chávez "era mais manso" na época.

 

Colaborou Guilherme Russo

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