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FHC convocou Aécio e Alckmin a tentar unificar discurso do PSDB

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Por Pedro Venceslau
Atualização:

Brasília - Um dia depois das manifestações contra a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso reuniu, nessa segunda-feira, 17, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, para tentar unificar o discurso do partido.

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Nas últimas semanas o PSDB se dividiu internamente sobre os pedidos de afastamento da presiente Dilma Rousseff. Líderes no Congresso afinados com Aécio, como o deputado Carlos Sampaio (SP) e o senador Cássio Cunha Lima (PB), defenderam a cassação do mandato pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a realização de novas eleições. A radicalização do discurso dos parlamentares visava esfriar a movimentação do vice-presidente Michel Temer (PMDB) que, na visão dos tucanos, estaria tentando se viabilizar como consenso em um cenário pós-Dilma. Outro grupo no partido, capitaneado por Alckmin, prega moderação no discurso. O governador paulista chegou a participar de cerimônia com Michel Temer no Palácio Bandeirantes.

No encontro dessa segunda, que aconteceu no apartamento de Fernando Henrique em São Paulo, o trio também avaliou como positivo o resultado das manifestações pelo País ocorridas nesse domingo, que pela primeira vez contaram com o apoio formal do partido. Líderes do PSDB, como Aécio e o senador José Serra, estiveram nos protestos.

Pouco antes da reunião, FHC publicou um texto nas redes sociais afirmando que a renúncia da presidente Dilma seria "um gesto de grandeza". "Se a própria Presidente não for capaz do gesto de grandeza - renúncia ou a voz franca de que errou, e sabe apontar os caminhos da recuperação nacional -, assistiremos à desarticulação crescente do governo e do Congresso, a golpes de Lava Jato. Até que algum líder com força moral diga, como o fez Ulysses Guimarães, com a Constituição na mão, ao Collor: você pensa que é presidente, mas já não é mais", escreveu o ex-presidente, em post no Facebook. Esse discurso, porém, ainda divide os tucanos. “As condições políticas para o impedimento estão nas mãos do PMDB. A renúncia não é um programa da oposição. Isso depende do estado de espírito da pessoa”, disse ao Estado o senador Aloysio Nunes Ferreria (SP).

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