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Fachin envia ao STJ investigação sobre 9 governadores

Cabe ao Superior Tribunal de Justiça decidir se abre ou não inquérito contra os nomes

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Por Breno Pires e Rafael Moraes Moura
Atualização:

BRASÍLIA - A delação de 78 executivos e ex-executivos da Odebrecht atinge 12 governadores de todo o País, dos quais nove terão as menções aos seus nomes apuradas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O ministro do STF, Edson Fachin Foto: Dida Sampaio/Estadão

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Os casos dos seguintes governadores foram encaminhados ao STJ pelo ministro Edson Fachin, relator dos processos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF): do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB); do Paraná, Beto Richa (PSDB); do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB); de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT); de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB); do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB); de Goiás, Marconi Perillo (PSDB); de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD); de Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB).

Caberá agora ao STJ decidir se abre ou não inquérito contra esses governadores.

A relação completa dos governadores mencionados pelos delatores da Odebrecht foi divulgada na noite desta terça-feira, 11, pelo STF, três horas depois de o Estado revelar com exclusividade os despachos de Fachin.

Outros três governadores serão investigados em inquéritos já instaurados, que tramitarão no STF: de Alagoas, Renan Filho (PMDB); do Acre, Tião Viana (PT); e do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD).

Defesa. Em nota, o governador do Maranhão informou:

1. Trata-se de uma notícia falsa. Não fui autor de projeto de lei de interesse da Odebrecht. Fui designado Relator desse projeto, mas jamais apresentei qualquer parecer pela sua aprovação. Isso é provado pela Certidão emitida pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (anexo).

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2. Se a empresa Odebrecht, sete anos atrás, em 2010, teve intenção de doar R$ 400 mil para minha campanha eleitoral, efetivamente não o fez, nem oficialmente nem por qualquer outro meio.

3. Mesmo sem ser sequer investigado, como demonstra decisão do ministro Edson Fachin nesta terça-feira, apresentei petição ao Poder Judiciário requerendo para ser imediatamente ouvido e poder apresentar prova documental acerca da verdade dos fatos.