BRASÍLIA - A delação de 78 executivos e ex-executivos da Odebrecht atinge 12 governadores de todo o País, dos quais nove terão as menções aos seus nomes apuradas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Os casos dos seguintes governadores foram encaminhados ao STJ pelo ministro Edson Fachin, relator dos processos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF): do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB); do Paraná, Beto Richa (PSDB); do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB); de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT); de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB); do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB); de Goiás, Marconi Perillo (PSDB); de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD); de Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB).
Caberá agora ao STJ decidir se abre ou não inquérito contra esses governadores.
A relação completa dos governadores mencionados pelos delatores da Odebrecht foi divulgada na noite desta terça-feira, 11, pelo STF, três horas depois de o Estado revelar com exclusividade os despachos de Fachin.
Outros três governadores serão investigados em inquéritos já instaurados, que tramitarão no STF: de Alagoas, Renan Filho (PMDB); do Acre, Tião Viana (PT); e do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD).
Defesa. Em nota, o governador do Maranhão informou:
1. Trata-se de uma notícia falsa. Não fui autor de projeto de lei de interesse da Odebrecht. Fui designado Relator desse projeto, mas jamais apresentei qualquer parecer pela sua aprovação. Isso é provado pela Certidão emitida pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (anexo).
2. Se a empresa Odebrecht, sete anos atrás, em 2010, teve intenção de doar R$ 400 mil para minha campanha eleitoral, efetivamente não o fez, nem oficialmente nem por qualquer outro meio.
3. Mesmo sem ser sequer investigado, como demonstra decisão do ministro Edson Fachin nesta terça-feira, apresentei petição ao Poder Judiciário requerendo para ser imediatamente ouvido e poder apresentar prova documental acerca da verdade dos fatos.